Lupas (1020)
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Narrativa convencional (porém bem recortada) nas mãos de uma cineasta competente o suficiente para realçar a potência dramática da história (que não é pouca) - o timing preciso dos seus planos, bem como seus enquadramentos, dão o espaço necessário para as fortes emoções reverberarem, capitaneadas pelo desempenho espetacular de Danielle Deadwyler (possivelmente a maior interpretação do ano). Destaque óbvio para a cena do necrotério e a do julgamento.
Augusto Barbosa | Em 12 de Fevereiro de 2023. -
Stefan Crepon.
Augusto Barbosa | Em 24 de Outubro de 2022. -
Saí do cinema certo de que o roteiro lembrava muito as obras de Stephen King e descubro, agora, que é baseado em livro de seu filho, Joe Hill. Mescla um tema macabro realista com elementos sobrenaturais engendrando-os numa narrativa com toques de romance de formação, onde crianças promovem e sofrem violências pesadas. Derrickson mostra ter boa mão para o horror não é de hoje e aqui acerta novamente na criação da tensão. Madeleine McGraw é um achado, rouba o filme pra si.
Augusto Barbosa | Em 20 de Julho de 2022. -
Diwan adota essa estética de hiper proximidade com a protagonista, sempre adotando sua perspectiva e acompanhando todos os seus passos, para fazer o público sentir o máximo possível de empatia com as emoções e, principalmente, as dores da personagem - e consegue, sem qualquer fetichismo, transformando, assim, seu drama sobre aborto e repressão sexual numa verdadeira sessão de body horror, absurdamente angustiante. Toda a construção é louvável, mas preciso destacar o design de som, essencial.
Augusto Barbosa | Em 12 de Julho de 2022. -
Farhadi e a loucura da manipulação midiática em tempos de redes sociais. Um de seus melhores filmes.
Augusto Barbosa | Em 05 de Julho de 2022. -
A ambientação e certos elementos tétricos lembram muito Coragem o Cão Covarde e é nesse climão de interior inóspito, onde o mal parece sempre à espreita, que o filme mais ganha pontos. Um par de jump scares são realmente eficientes, os outros ou pecam em timing ou são enfraquecidos pelo uso do CGI (por que apostam tanto nisso!?). No geral, bom exercício de Bertino, que já fez melhor em Os Estranhos, especialmente na exploração da profundidade de campo.
Augusto Barbosa | Em 30 de Maio de 2022. -
Aqui, a veia policialesca e de mistério de Rowling (sempre presente em HP) e o universo mágico são transpostos para essa nova saga, substituindo o aspecto de romance de formação em ambiente escolar pelas analogias políticas (lembrando um pouco X-Men nesse sentido) - da tensão entre bruxos e trouxas, passando pela repressão e opressão contra o diferente e seus efeitos deletérios, até as alfinetadas às políticas de segurança norte-americanas. Um bom começo.
Augusto Barbosa | Em 18 de Abril de 2022. -
O tema central é até bem desenvolvido, mas o subplot alusivo à ditadura espanhola ficou totalmente solto, muito mal costurado à trama principal, parecendo mais um curta emendado às pressas.
Augusto Barbosa | Em 06 de Fevereiro de 2022. -
Tem uma necessidade cansativa e irritante de, a cada segundo, dar shade e lacrar, com suas *observações ácidas* sobre o mundo contemporâneo. A pertinência dos temas não supera os seus problemas de forma.
Augusto Barbosa | Em 11 de Janeiro de 2022. -
Wan em sua face menos sugestiva e mais explícita, o que, de início, parece jogar o filme para um patamar inferior da sua obra, mas que, com o tempo, vai ganhando seu charme na porrada, com umas luzes coloridas ali, um gore acolá, um ar soturno constante e aquela trilha aberrante que aos poucos conquista, em vez de afastar. O surto da reta final, como não raro em Wan, se aproxima do cômico, tem certa irreverência e diverte pra caramba com sua violência extrema em CGI quase que de videogame.
Augusto Barbosa | Em 12 de Setembro de 2021. -
Tudo o que acontece antes da cena do posto de gasolina impressiona pela ruindade - dos diálogos (que seguem péssimos o filme todo, por sinal) à decupagem, que aposta em recursos estéticos (como zoom's e fast forward) que falham em criar qualquer tensão. Depois desse ponto de virada, todavia, Gordon Green entrega uma série de sequências macabras muito bem pensadas e criativas, equilibrando sugestão e explicitude (com boas doses de gore) e trocando figurinhas deliciosamente com a obra original.
Augusto Barbosa | Em 20 de Março de 2021. -
A primeira hora beira o insuportável, mas, depois, o filme abranda um pouco os ânimos e tem um ou outro número cativante. No mais, a perspectiva crítica sobre o showbiz e o conservadorismo interiorano se mostra contundente, sendo, contudo, cantada em letras que tornam tudo tão óbvio e na cara que perde até a graça.
Augusto Barbosa | Em 02 de Março de 2021.