Um estranho no ninho.
Louco, frenético, envolvente e acima de tudo Sublime!
Numa tarde fria e cinzenta resolvi buscar meu aconchego assistindo como sempre um bom filme. Como de praxe, escolhi um filme que faça minha reflexão pairar no ar por um longo tempo. Assim, escolhi o fantástico filme Um estranho no ninho.
Como não entusiasmar com um filme que aborda a loucura? E Justo esta loucura tão confusa, contestada e muitas vezes mal observada. Os loucos estão somente no hospício? E mais, existe cura para a tal "doença" da loucura? Não somos nós um pouco loucos e normais? Ou somos normais e um pouco loucos? Enfim, vamos pausar a filosofia e discorrer mais sobre o filme.
É possível notar uma realidade oculta que será pouco a pouco revelada (se prestarmos atenção) no personagem McMurphy (Jack Nicholson). Este, busca escapar do trabalho na prisão e começa a se passar como louco, assim é enviado a um sanatório para testes. Rapidamente McMurphy já se revela como o mais consciente e se aproxima dos outros pacientes, aumentando sua influência. E é justamente nessa junção McMurphy e os outros loucos que podemos analisar calmamente o quão complexo e intrigante é o tema, não ficando somente na esfera da sanidade.
O poder, a opressão se faz presente quase o tempo todo dentro do sanatório, assim como notamos também a busca de espaços para ocorrerem manifestações para a concretização dos sonhos, mesmo na mente "doente" dos loucos. O espírito de liderança e sagacidade de McMurphy irá mostrar toda sua inquietude e determinação para tornar real alguns objetivos em comum com outros pacientes.
Representando bem o poder, a enfermeira Mildred Ratched (Louise Fletcher) mostra toda sua pujança e convicção de que o melhor e mais "sadio" é seguir as ordens naturais e as normas do regulamente rígido do sanatório, não deixando quase nenhum espaço para o afloramento das agitações de McMurphy e seus seguidores.
O filme é muito bem dirigido por Milos Forman que conseguiu dar ritmo e segurança aos personagens. Jack Nicholson simplesmente brilhante mereceu com honras o Oscar de melhor ator em 1976.
Em suma, o filme consegue ser triste, divertido e crítico. Dfícil desviar a atenção de um filme tão envolvente e compatível com a realidade, seja ela "louca" ou não. Observem o filme sobre vários ângulos e o resultado será ainda mais assustador e genial. Imperdível!
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