Lupas (22)

Os Coen subvertem o filme de Hathaway, e o que era bonachão em em Wayne, soa decadente em Bridges. A sequência, próxima ao final, da urgente cavalgada noturna é um espetáculo.

Insólito - até demais. Parece faltar algo, a despeito da usual classe dos Coen.

Tenta alcançar um clima pesado e reflexivo, mas só consegue ser chato. Nunca conseguimos nos envolver - e isso é a morte para um filme que almeja a dramaticidade tentada aqui.

Mais que o retrato do amor ao rádio, é a "Era da Infância". Uma fábula carregada de nostalgia, uma longa e linda elegia ao passado que não volta mais.

Os momentos finais do personagem de Allen - sua busca pelo sentido da vida e a epifania que tem no cinema - são dos mais altos momentos filosóficos de sua carreira. Michael Cane excelente.

Uma longa e emocionante carta de amor ao cinema - e também aos tempos de inocência da primeira metade do século XX.

Vale só pela interpretação fora da zona de conforto de Allen - quase um Agostinho Carrara.

Roteiro não menos que genial e uma reconstituição de época esmerada, nesse mockumentaty, hilário, mas com um subtexto dramático poderoso.

Tragicômico, mistura vida e ficção, metalinguagem, saudade e ironia. Fellini encontra Allen que encontra a grande arte.

Visualmente, é o mais belo filme do diretor. Uma ode emocionada e emocionante - a cena final é um primor de delicadeza romântica.

O primeiro drama pesado de Allen, tributário a Bergman. Alguns conflitos poderosos, mas acaba sendo desinteressante em vários momentos.

O ponto de virada na filmografia de Allen, onde a comédia começa a ceder espaço à elucubrações filosóficas.