Lupas (743)
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Um dos bons neo-noirs de John Dahl no período. Se The Last Seduction embarcava no thriller erótico urbano, aqui a atmosfera é emprestada do calor e da aridez do deserto texano, com a inclinação niilista e corruptiva típica dos filmes ambientados no Texas.
Daniel Dalpizzolo | Em 06 de Novembro de 2017. -
Quatro ou cinco sequências extraordinárias, revestidas por uma atmosfera onírica que amplifica o universo noturno essencial do noir, compensam até mesmo os problemas de roteiro e as cenas burocráticas e visivelmente impostas para resolver a história.
Daniel Dalpizzolo | Em 23 de Outubro de 2017. -
Alguns penduricalhos estéticos desnecessários, principalmente no 1º ato (diluição dos créditos iniciais, sintetizadores excessivos), mas engrena em um ótimo thriller físico e decadente à Scorsese/Schrader, com marginais errantes vagando pela noite de NY.
Daniel Dalpizzolo | Em 23 de Outubro de 2017. -
Divertido e decepcionante na mesma medida. Funciona na primeira parte, enquanto sustenta o mistério através de um humor teenager bem imaginado, mas toda metade final, quando embarca de vez na fórmula terrir, é completamente burocrática e sem inspiração.
Daniel Dalpizzolo | Em 23 de Outubro de 2017. -
Alguns excessos e conveniências, especialmente no roteiro de Boal, ainda não são suficientes para diminuir o impacto dos intensos minutos iniciais e da tensão bem sustentada da longa sequência do hotel. Mas fica a impressão de que poderia ser muito mais.
Daniel Dalpizzolo | Em 16 de Outubro de 2017. -
Tourneur foi gigante no horror, mas sua contribuição para o faroeste é igualmente imensa. Great Day in the Morning é o conto de uma nação dividida pela Guerra, de um amor disputado por duas mulheres, de destinos que escapam conforme a direção do vento.
Daniel Dalpizzolo | Em 16 de Outubro de 2017. -
Skolimowski no auge de seu experimentalismo formal. A Polônia do pós-guerra transformada em um grande set para longas sequências que exploram dimensões físicas e pessoais, que levam pequenas ações e a relação da câmera com o espaço ao limite.
Daniel Dalpizzolo | Em 16 de Outubro de 2017. -
Villeneuve + Deakins + Zimmer + Gosling + Leto, que combo insuportável de manias de grandeza e suntuosidade inócua. BR 2049 é o cinemão blockbuster posudo pós-Batman Begins, um enorme esforço de técnicos incapazes de lidar horizontalmente com o material.
Daniel Dalpizzolo | Em 08 de Outubro de 2017. -
Um caleidoscópio de perversões com muita música psicodélica, cores, um trabalho delirante com o zoom, cenários idílicos da costa espanhola, vingança, tortura, decepamentos, nudez, lesbianismo, necrofilia e o próprio diretor sendo assassinado no final.
Daniel Dalpizzolo | Em 25 de Setembro de 2017. -
O caos narrativo do Aronofsky ainda é tolerável, e aqui ele abraça o delírio com gosto e num ritmo de cena até envolvente. Mas como não era Polanski em Cisne, nesse ele também não é Buñuel - ou seja, traz pra roda um bilhão de simbolismos e ferra tudo.
Daniel Dalpizzolo | Em 25 de Setembro de 2017. -
Era reconhecido como um dos pontos baixos da carreira de Allen por muitos que ainda não tinham a oportunidade de ver sua produção nos anos 2000. Talvez soe melhor depois dela, mas vendo pela 1ª vez pareceu um drama de ambientação e conflitos bem sólidos.
Daniel Dalpizzolo | Em 25 de Setembro de 2017. -
Resistindo às tentações de um mundo lascivo. Da narrativa bíblica à pista de dança, da escassez de água no deserto ao bourbon on the rocks, um delicioso conto com o melhor da safadeza de Buñuel.
Daniel Dalpizzolo | Em 19 de Setembro de 2017.