Lupas (1592)

O roteiro tem muita história para contar, fazendo com que certos momentos sejam rápidos demais. Mas, de resto, é um grande filme, que consegue traduzir a complexidade de Wayne de um modo crível, funcionando como excelente ponto de partida para a trilogia.

Mais uma vítima da Pixar. Mesmo divertido e com personagens adoráveis, o filme empalidece quando comparado à genialidade das animações do estúdio de John Lasseter (que atua aqui como produtor).

A partir de um enredo simples, Benton e Newman realizam um excelente estudo de personagem, apoiado no roteiro sutil e delicado. Donald Sullivan é um dos grandes destaques da carreira de Paul Newman.

Coixet mais uma vez comprova toda a sua sensibilidade ao conduzir uma história focada completamente no interior de seus personagens. Kingsley está fantástico e Cruz deslumbrante. Uma belíssima reflexão sobre o crescimento e a finitude da vida.

O diretor acerta ao não impor opinião, apresentando os dois lados e deixando o espectador chegar à própria conclusão. O melhor, porém, é como busca encontrar os motivos que levam as pessoas a agir dessa forma. Muito interessante.

Não é o melhor filme de Campanella (a comicidade conflita com o tom sério da investigação, por exemplo), mas é acima da média e repleto de grandes momentos. Interpretações impecáveis, final interessantíssimo e o plano-sequência, desde já, antológico.

Rápido e inofensivo, esse pioneiro musical diverte com diálogos e situações inspiradas. Mas a trama em si não convence e os números musicais soam absurdamente datados.

A abordagem farsesca de Soderbergh, a interpretação de Damon e a própria construção do personagem principal não deixam de ser admiráveis, mas o filme é aborrecido e simplesmente não consegue se conectar com a plateia. Chato, mas não necessariamente ruim.