Lupas (819)

Felicity Huffman em grande atuação, demonstrando a enorme injustiça cometida pelo Oscar naquele ano. Um filme envolvente, belo e original que merece uma conferida.

Um mistério inteligente, tenso e envolvente. A trilha sonora é perfeita, assim como a direção de arte e fotografia, que dão um aspecto urbano sujo à produção com bastante eficiência. Um dos melhores de Polanski, sem dúvida.

Uma animação bela e divertida. Os clichês das situações e os personagens esteriotipados incomodam um pouco, mas o belo visual e as sacadas do roteiro compensam isto. Percebi influência da Ghibli também, principalmente de O Mundo dos Pequeninos e Mononoke.

Um suspense original, instigante e bem conduzido. A fotografia é sensacional, assim como o som minucioso e a montagem criativa. As atuações são eficientes e a direção de Park, inspirada. O ritmo irregular talvez seja seu ponto mais fraco.

Apesar do retorno de Joseph Stefano no roteiro (para explicar a origem de Norman Bates e sua relação freudiana com sua mãe abusiva), Psicose 4 não faz jus ao legado da franquia, contando com algumas atuações caricatas, momentos de humor involuntário e uma produção de caráter amador (custou menos de US$ 1 milhão e foi filmado em apenas 20 dias). Perkins, Thomas e Pounder, o resgate da trilha de Herrmann e as ligações com os fatos do filme original salvam a produção do limbo total, no entanto.

R. Mulcahy (de Highlander) apresenta um tom mais tenso e sombrio do que as duas produções anteriores, contando ainda com um visual mais apurado, numa interessante ambientação desértica e pós-apocalíptica (com cenas de horror diurnas eficientes), ação estilosa e efeito visuais razoáveis. As inúmeras referências cinematográficas são bacanas também (Dia dos Mortos, Mad Max 2 e Os Pássaros são alguns exemplos). O roteiro vazio e alguns excessos no terceiro ato prejudicam o saldo final, no entanto.

O realismo austero e a visão intimista de Paul Schrader convergem num interessante estudo sobre culpa e os males da natureza humana, onde o embate com a entidade profana é mais "cerebral" (e a lógica da transformação física causada pela possessão é inversa à vista no filme original). Infelizmente o cineasta não oferece o mesmo cuidado nas cenas de horror, prejudicadas ainda pelo baixo investimento, que resultam em momentos de humor involuntário, comprometendo assim o impacto pretendido.

Um documentário contundente, informativo e relevante que denuncia com bastante eficiência a alienação impiedosa da Globo aos brasileiros. Poderia ir ainda mais longe, mas vale a pena pela tentativa.

De Palma mostra que ainda esta em forma e apresenta aqui um ótimo suspense, que resgata suas raízes cinematográficas com eficiência. Não é uma obra-prima, mas vale a conferida.

Um dos melhores filmes de Davis. Ousado e ainda atual, um drama bem conduzido e com atuações soberbas de Howars e Davis. Um clássico subestimado obrigatório para todos os cinéfilos.

O primeiro grande filme de Hitchcock (como já foi dito aqui). É neste trabalho que Hitch já nos mostra sua particular genialidade na condução da história, ainda que numa escala menor, é claro.

Uma experiência sensorial e cinematográfica sem precedentes. Direção suprema de Cuáron, Bullock em grande forma e uma técnica impecável (com destaque para os efeitos visuais, fotografia e trilha sonora). E ainda sobra espaço para a reflexão.