Lupas (228)
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Tem ideias interessantes, mas me irrita esse ar prepotente que Lanthimos carrega em seus trabalhos recentes. Existe pouco desenvolvimento em tudo e muita firula, muita extravagancia. Ele sempre tem uma base legal, mas ela fica em uma constante extrapolação e não se desenvolve. Falta uma certa calma e construção mais interessadas em criar tensão e ritmo do que fazer, dessa bagunça primaria, estrutura.
Leo | Em 15 de Março de 2021.
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Quer ser mais claro em suas criticas e estrutura, também, porque vivemos em tempos insanos e muito do absurdo colocado agora é mais aceito e politicamente apoiado, tornando a mensagem importante, mais urgente, como um protesto contra os tempos atuais. Infelizmente, em termos gerais, isso atrapalha a obra, que não sabe desenvolver tudo muito bem, mas melhora quando aposta nos momentos não roteirizados e improvisados. Bakalova manda muito bem e Cohen interpretando Borat é sempre maravilhoso.
Leo | Em 14 de Março de 2021.
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A câmera de Forman cresce cada olhar, cada ambiente. Ele consegue ser um diretor tão simples em essência, mas que vai trazendo emoções profundas que vão se somando sem parar. A juventude, o peso passado pelas convicções dos mais antigos, o desejo, a incompreensão de si mesmo. Tudo sempre escancarado na tela, mas ainda tão doce, tão belo, tão triste. Uma personagem genial, que tenta ser ela mesma, que entrega tanto de si, que varia entre tudo isso tentando se encontrar.
Leo | Em 13 de Março de 2021.
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É divertidíssimo. Esse tapa na cara de qualquer formalismo é muito bem vindo e todo mundo parece estar se divertindo demais. Woods está perfeito como o chefe dessa galera, que acaba ou entende que para lidar com esses monstros ele precisa ser um tipo de monstro também. Filme ter esses homens desvirtuados é legal demais, seres escrotos e machistas, pena que o filme em si é constantemente machista da mesma forma, seria melhor se tivesse o lado feminino junto, ainda mais com Sheryl Lee no elenco.
Leo | Em 12 de Março de 2021.
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Realmente é a subversão da subversão. Zé talvez nunca tenha sido tão ameaçador quanto aqui, colocando ainda mais esse personagem em um patamar além do físico e evidenciando, com caraterísticas tão únicas de sua filmografia, o cinema como motriz para o instinto humano. A metalinguagem é usada de forma maravilhosa, a fotografia e as varias camadas vão crescendo cada vez que se pensa no filme. "De ao publico o que ele quer ver"
Leo | Em 05 de Março de 2021.
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Tem uma calma e sutileza impecáveis e, em como todo o Lynch, carrega grandes simbolismos e detalhes profundos. A vida ainda cativa tanto o protagonista, que vai com a ideia de falar com o irmão doente, mas que entende que essa jornada vai se tornando um testamento de si próprio, entendendo seu próprio caminho na vida e deixando um pouco de seus ensinamentos com os sortudos que o encontram. Com uma alma crescente que vai dando peso à jornada e aos personagens. Farnsworth está gigantesco.
Leo | Em 04 de Março de 2021.
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Uma baita decepção. As atuações são o ponto alto, com pequenas passagens de grandes atores que, mesmo com diálogos sofríveis, mandam muito bem, todos eles. Agora os problemas são inúmeros, o filme parece que não tem uma estrutura definida, uma real conexão entre as cenas e sua ideia principal. Parece que Penn pensou em cada cena separada ao invés do todo e o resultado tá aí, um filme com boas ideias que não as potencializam em momento nenhum. A montagem e a trilha são outros problemas...
Leo | Em 03 de Março de 2021.
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"Colocamos nossos medos em um ídolo e o chamamos de Deus." Bergman é realmente um completo gênio. Aqui ele consegue fazer um dos ápices da filosofia e da estética no cinema, quando coloca tantas e tantas questões sem responder nenhuma e assim a própria interpretação do filme varia. Tem toda a dor e terror com o outro e tem a paz, o amor, a fraternidade. No fim morremos e deixamos o que vivemos, vamos com o que temos, seja se estamos vagando no escuro ou debaixo das asas de um guia.
Leo | Em 27 de Fevereiro de 2021.
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Visualmente e narrativamente complexo, embora ambas se confundam um pouco no começo/meio do filme, podendo distanciar demais o espectador, mas se o mesmo conseguir lidar com esse incômodo e colocá-lo junto a experiência é uma jornada muito única e interessante. É majoritariamente um lado da ditadura de Pinochet, mas é uma fábula que explora temas como abuso, totalitarismo, controle, desespero com um lado visual que reflete a falta de instabilidade e controle desse universo e de seus personagens.
Leo | Em 26 de Fevereiro de 2021.
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Tem seu brilho na protagonista, no carisma dela e na grande Carey Mulligan. A personagem não é perfeita e sua autodestruição e busca por vingança deveriam ser mais desenvolvidas, ou não tão glorificadas quando o próprio filme passa. Deixar a vingança, mas com uma percepção mais ferrada da autodestruição, que acaba por terra com um final tosco até dizer chega. Tirando esse carisma, a atuação principal e alguns outros detalhes, no todo é bem problemático, mal dirigido, mal atuado e bagunçado.
Leo | Em 25 de Fevereiro de 2021.
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Tem uma vibe como se você tivesse entrado em um carrossel de terror em um parque de diversão (tanto que acontece exatamente isso no começo) e a loucura só vai aumentando, sem qualquer lógica. Acho que a falta real de medo ou tensão é o principal problema aqui. A primeira parte diverte bem mais que a cansativa e previsível segunda e mesmo com tanta loucura e momentos bem fraquinhos existem outros bem interessantes, como o plano lento para a morte do policial. Sid Haig e Bill Moseley arrebentam.
Leo | Em 25 de Fevereiro de 2021.
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Prepotente em seu preto e branco e movimentos de câmera calculados; falta de REAL DIÁLOGO; metalinguagem afetada e artificial; mudanças de conversas ridículas e constantemente forçadas; auto explicação a cada 10 segundos; fica colocando camadas que não fazem sentido com o que o personagem disse anteriormente. Um filme desesperado que continua eternamente esbravejando baboseira, achando que critica o que de fato é. Zendaya é a única coisa que dá pra salvar nesse completo fiasco.
Leo | Em 22 de Fevereiro de 2021.