Lupas (28)

Obra-prima moderna de NWR. Uma obra atemporal, ao mesmo tempo futurista (trilha sintética e fotografia neon, ambas dando o tom da atmosfera singular do filme) e pagando tributo a clássicos do passado, como Táxi Driver e os spaghetti western de Leone. Silenciosas, mas expressivas atuações, cenas de ação que, se escassas, compensam na intensidade e um roteiro simples/direto ao ponto, de poucos e afiados diálogos, completam o pacote. Dos melhores da década. PS: é mais Noé que Tarantino

Em seu segundo roteiro e estreia na direção, Peele une a temática racial a uma trama bizarra, com as bem-vindas sensações de estranheza constante e de que o Mal/perigo está à espreita

Enervante ao extremo

Monótono e desinteressante...a lembrança que tenho da refilmagem de Aja é muito mais (in)tensa, envolvente e violenta (e, portanto, mais positiva)

Cresce a partir do segundo ato, quando se estabelece o conflito familiar e questões de inclusão são trazidas à tona, adquirindo contornos mais dramáticos

Começa MUITO bem, toda a parte da iniciação de Michael na gangue, sua ambientação, trilha, figurinos, sem pressa para escancarar a temática vampiresca...quando parte para a resolução da trama, conduzida por pré adolescentes, acaba ficando preso às limitações das aventuras juvenis, cacoete da época, o que tira sua força. Começa Warriors, termina Goonies

Acerta no drama, falha no terror. Penso que teria maior êxito caso mantivesse o sobrenatural no terreno da ambiguidade (será real ou mera alucinação?), com ênfase na deterioração mental da personagem de Oh (à O Iluminado). Termina por ser entediante, embora curto

Nem parece o mesmo diretor, né? Destaque para a trilha sonora e as imagens dementes e surreais idealizadas por Rob Zombie. Prato cheio para fãs de Bebê de Rosemary e Midsommar (como eu)

Percebo sua inovação e genialidade, com muita influência da Nouvelle Vague, mas não consigo ter mais do que uma admiração fria e distante

Sempre muito comparado a Cidade de Deus (não necessariamente por cinéfilos), não é tão moderno na linguagem nem visualmente exuberante, mas assim como aquele se destaca pela direção, roteiro, fluidez narrativa, personagens cativantes, diálogos marcantes, elenco e, claro, pela crítica social, aliando qualidade cinematográfica e apelo popular como poucos antes. Daqueles que, quando passa, impossível não parar e rever pela 10a vez, repetindo as falas de cabeça

Não que as críticas de cosmetização e "embelezamento" sejam desprovidas de senso, mas não irrelevar tão pequenos detalhes quando a obra é fluida, dinâmica, deliciosa e impactante como Cidade de Deus denota ranço e má vontade com a origem publicitária e abastada de Meirelles, cujo domínio técnico, aliado ao excelente elenco (majoritariamente) amador, trilha, recriação de época e montagem deram luz ao melhor filme brasileiro recente/moderno, reconhecido e adorado no mundo todo

Chucky meets A.I.