Lupas (1683)
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Um musical bacana da pegada da época, embora não se destaque nos números musicais é um bom entretenimento, comédia romântica de dondoca de boa família. É divertido, Wallace Beery rouba a cena como o figuraça pai de Judy, além dos outros bons alívios cômicos da família, e as participações de Carmen Miranda e Xavier Cugat também são bacanas. Pra quem gosta dessa pegada é uma boa pedida.
Josiel Oliveira | Em 23 de Março de 2022.
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Transformaram o Rambo, que no primeiro era um personagem que trazia uma mensagem totalmente anti-guerra, numa máquina de ação, explosões, patriotismo e peça de propaganda para o Reagan. O que vale aqui é a direção estilosa de Cosmatos, que realmente sabe fazer uma ação estilosa. A trilha de Goldsmith não é tão boa quanto a do primeiro, mas tem seus bons momentos.
Josiel Oliveira | Em 21 de Março de 2022.
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Uma comédia engraçadíssima que é uma espécie de No Tempo das Diligências, onde um ônibus se torna um microcosmo retrato histórico e de conflitos étnicos e morais da região e da época, com personagens figuraças. Destaque para as canções ciganas, para o dono do ônibus e para o simpatizante nazista. Uma comédia extremamente popular, mas que também carrega um conteúdo bem interessante.
Josiel Oliveira | Em 09 de Fevereiro de 2022.
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Road movie é sempre uma delícia, e um road movie sobre um assunto tão interessante, sob a visão sempre sábia de Varda, não tinha como ficar ruim. Uma personagem peculiaríssima, super intrigante, vivida com muita graça e profundidade por Sandrine Bonnaire, e que marcará a vida, não só dos personagens pelo qual ela cruza, mas também as nossas. Esse tema de pessoas que vive na rua poderia ser muito mais explorado no cinema, de forma séria e com pesquisa, como esse. Grande filme de Varda.
Josiel Oliveira | Em 21 de Janeiro de 2022.
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Reflexões da Varda são sempre inspiradoras e cheias de sabedoria, colocando mais questões do que respostas. Aqui, sua reflexão sobre essa questão da vida monogâmica, da família tradicional burguesa, ao contrário do que se poderia pressupor, também defende a vida a dois (e também defende o outro lado, claro). Além da bela reflexão, tem as belas imagens bucólicas ao som de Mozart, c/lindas cores. Pena a personagem da esposa ter sido sacrificada, no sentido de ser superficial em prol da história.
Josiel Oliveira | Em 21 de Janeiro de 2022.
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Coloco no mesmo nível de Os Inocentes, de Jack Clayton, e falo com tranquilidade, em matéria de terror psicológico com castidade religiosa. E atuação de gala de Arturo de Córdova, esse Vittorio Gassman mexicano, que faz um personagem encantador, de belas tiradas e humanidade. Obra prima gótica para os mexicanos terem orgulho, nenhum filme da Hammer ou da Amicus chegou nem ao pés disso aqui.
Josiel Oliveira | Em 15 de Outubro de 2021.
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Otto Preminger, esse senhor elegante, diretor de clássicos classudos... Chega a nova geração e ele diz: vcs gostam de tomar um lsd e ver um filme? Então toma! E entrega essa comédia de costumes sensacional, acidíssima, e de cenas antológicas que choca as duas gerações com muita leveza, graça e bom gosto. Fora a linda participação de Groucho Marx, e todo o elenco, tem os sensacionais créditos finais...Filme de gigante. Aliás, sr. Preminger mostrou conhecer bem o efeito do lsd viu rs.
Josiel Oliveira | Em 11 de Setembro de 2021.
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É uma bela peça de entretenimento. Além de ser muito bem filmado por Guillermin, com excelentes cenas de ação e efeitos práticos de alto nível que envelheceram muito bem, há uma espécie de subtexto sexual muito style que permeia o filme, mto abrilhantado pela sensualidade de Jessica Lange. Desde a insinuação dela ser atriz pornô, até os rituais africanos (inclusive o tronco robusto e molhado que abre e fecha o portão), há sempre essa sutil insinuação.
Josiel Oliveira | Em 18 de Agosto de 2021.
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Foi o Tarkovsky q mais tive dificuldade até aqui. Pouco consegui absorver da reflexão proposta, sobre arte, religião, contexto histórico, etc. Não só a não-linearidade causa estranhamento, como a alta subjetividade dos temas de que cada capítulo trata. Entre os capítulos, me chamaram a atenção, o primeiro, O Bufão, e o do Sino, talvez o mais autobiográfico. Mesmo assim, ao final, a sensação é de um retrato rico e cru da Idade Média, social e intelectual da época. E as imagens são de cair o queix
Josiel Oliveira | Em 02 de Agosto de 2021.
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Bela introdução que remete às peças tradicionais da época de Shakespeare, e à própria essência popular Shakespeare, com as apresentações dos artistas e sua relação com o público. Hamlet é seu personagem mais fascinante, que trata essencialmente da virtude masculina representada no fantasma de seu pai. Esse é o famoso "ser ou não ser", ser homem e enfrentar a vida. E cheio de personagens ricos: Polonius, Horácio, Ofélia, etc. "A loucura dos grandes não deve ser ignorada."
Josiel Oliveira | Em 26 de Julho de 2021.
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Primeiro Kenneth Anger que vejo. De uma maneira geral, a ideia de filme experimental c/psicodelia dos anos 60 já me agrada, o trabalho com a mitologia egípcia em contraponto com a esfinge destruída pelo tempo é interessante, mas nada que chame mto a atenção. O que mais chama a atenção é a trilha de Bobby Beausoleil, o seguidor homicida de Charles Manson, que é mto boa e funde mto bem com as imagens, além de, claro, a participação de Jimmy Page. Vale a curiosidade, assistiria a outras coisas dele
Josiel Oliveira | Em 11 de Julho de 2021.
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A trilha não é aquele groove pesado, a direção do Steno não é aquela estilosa dos mestres do polizioteschi, mas o final é espetacular. Ótimo tema dos esquadrões da morte na polícia e um final que escancara o que acontece no Brasil hoje, [SPOILER] o discurso de Bertoni antes de morrer é o retrato da milícia bolsonarista, só falta matar pra dar o exemplo. O final aumentou consideravelmente a nota desse filme.
Josiel Oliveira | Em 11 de Julho de 2021.