Lupas (58)
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Filme que traz boas reflexões sobre os efeitos do bullying e sobre a exploração paterna e midiática de crianças. Tem uma boa atuação central. Erra um pouco em alguns rodopios na fotografia e acrescenta muitos elementos desnecessários para acentuar a carga dramática, ao mesmo tempo que se perde no desenvolvimento do eixo central, mas não deixa de ser um filme interessante.
Anderson Paz | Em 14 de Outubro de 2020. -
Filme sensual, com boas atuações das atrizes principais e de alguns atores secundários. Tem uma fotografia bonita e um ritmo agradável, fluído. Desenrola-se bem, sem grandes pretensões em sua trama central. Acaba sendo um pouco escapista e raso em algumas de suas situações paralelas ao eixo central.
Anderson Paz | Em 14 de Outubro de 2020. -
Um filme bizarro demais, com atores que se expressam sonoramente como se estivessem em vídeos ASMR. A trama completamente absurda é hábil em explorar os lados mais ocultos do fetiche e do desejo humano. Uma obra cinematográfica singular, genial e desafiadora.
Anderson Paz | Em 14 de Outubro de 2020. -
Filme-irmão de Eu, Daniel Blake e assim como este, acima de tudo, uma crítica voraz ao capitalismo. Tem o mesmo problema de exagerar na carga dramática, mas aqui o roteiro ao enfocar especialmente a exploração em um sistema de trabalho uberizado tem mais sucesso do que no outro filme. O ator principal é bom, mas a atriz principal acabou me desagradando um pouco.
Anderson Paz | Em 14 de Outubro de 2020. -
Filme com algumas belas reflexões sobre os conflitos, alegrias e desafios de se viver em uma república. Tem algumas boas atuações, porém tem muita dificuldade na dosagem do drama e em criar conexão humana entre os personagens. Acaba assim que o nosso envolvimento afetivo com a obra fica prejudicado.
Anderson Paz | Em 14 de Outubro de 2020. -
Filme bastante original, mas nem tanto assim como muitos alegam. Afinal de contas, muitos dos recursos de narrativa, já haviam sido usados em Sonhos de um Sedutor. Mas isso não é um problema, já que aqui todos esses recursos são empregados com maestria e Woody Allen acaba construindo sua obra-prima, com um roteiro maravilhoso focado em personagens desajustados, rico em reflexões existenciais e com um hilário humor irônico. Ainda temos uma Diane Keaton maravilhosa!
Anderson Paz | Em 29 de Setembro de 2020. -
Um típico Woody Allen com diversos questionamentos conjugais, crises existenciais e o diretor em mais uma atuação cheia de traquejos. Tem alguns diálogos maravilhosos e a fotografia em preto e branco, com belos contrastes de iluminação, é maravilhosa! Mas a relação conjugal de Allen com a menina novinha não envolve, talvez seja datada demais, e a abordagem de muitos personagens é difusa, com personagens secundários pouco atrativos, incluindo aqui uma Meryl Streep em uma atuação bem tosca.
Anderson Paz | Em 29 de Setembro de 2020. -
Sequência de O Iluminado cerca de 40 anos depois, mas parece mais um X-Men meio sombrio com toques de O Iluminado. Tem o seu charme e até que envolve, mas acaba que as referências mais diretas ao filme original não funcionam muito bem. Algumas situações são bem forçadas e jogadas na trama. Há também uma certa dificuldade de desenvolver as conexões entre os personagens.
Anderson Paz | Em 29 de Setembro de 2020. -
George Romero, em seu primeiro filme, inaugura no cinema o subgênero "apocalipse zumbi". Extremamente criativo, com um baixíssimo orçamento, Romero consegue construir um filme tenso, com um roteiro com boas pitadas de críticas sociais e políticas. O único problema é a personagem feminina principal um pouco exagerada na dramaticidade.
Anderson Paz | Em 29 de Setembro de 2020. -
Filme começa ligado no 220 e cria boas expectativas no espectador, que acabam sendo em parte frustradas depois com uma trama com muitas pontas soltas e inócua nos reviravoltas. Tem estilo e uma ótima fotografia, mas poderia ter sido muito maior com menos personagens e tramas paralelas.
Anderson Paz | Em 29 de Setembro de 2020. -
Clássico da infância de quem nasceu em 80/99. Quem não sonhou em voar em um cachorro-dragão?! O filme é uma bela fantasia sobre o poder de estimular a imaginação e fantasiar um outro mundo possível através da literatura. Encanta até hoje, mas é falho demais na conexão entre o mundo real e o da fantasia e tem horas que a edição parece atropelada.
Anderson Paz | Em 29 de Setembro de 2020. -
Uma jornada cativante de dois picaretas de diferentes gerações pelo interior dos EUA, captada por uma bela fotografia em preto e branco. Tem um bom roteiro que valoriza a construção do afeto e o estreitamento dos laços entre os personagens. Traz uma das melhores performances infantis no cinema, que rendeu um merecido Oscar para Tatum O' Neal. Poderia só ter fechado de uma forma mais aberta à interpretação livre do espectador.
Anderson Paz | Em 29 de Setembro de 2020.