Lupas (85)

A história tem seu fascínio. No entanto, as irregularidades na construção do roteiro tiram o brilho da história e diminuem o filme. É bom. Podia ser bem mais.

Clássico é clássico e vice-versa. No entanto, ao menos para mim, o primeiro filme é melhor. Da construção aos diálogos. É lá que tudo começa e que, aqui, continua com enorme competência.

É claro que não se deve exigir que uma animação trate com densidade temas complexos e profundos à natureza humana. No entanto, é justamente essa limitação que impõe aos roteiristas desse estilo uma certa prudência na escolha dos temas. Soul tenta, ao meu ver sem sucesso, trazer leveza e reflexão. O resultado é um filme que até diverte, mas que passa longe da reflexão e emoção pretendidas. É bom, mas assista sem maiores expectativas.

Tecnicamente impecável. No entanto, Mendes constrói uma narrativa que peca por diálogos menos envolventes em meio à jornada de beleza e terror que o ambiente de guerra proporciona ao expectador. É bom, mas para mim não passa daí.

Serve aos fãs que estavam saudosos. Mas, mesmo a estes, peca por excessos na argumentação do roteiro e seus caminhos, por vezes, irregulares. Tecnicamente continua muito bem produzido, mas enquanto cinema fica devendo. Vale para matar a saudade e só.

Scorsese constrói um filme impecável tecnicamente, de novo. A trama, apesar de longa, agrada. No entanto, não passa disso. Se a inspiração dos últimos 45 minutos fosse espalhada pelo roteiro inteiro, teríamos um clássico. Como não ocorre, o Irlandês encontra as limitações que o gênero "gangster" impõe. No mais: Pesci está simplesmente espetacular.

Talvez seja apenas uma questão estética, mas o roteiro não escapa das reviravoltas nas tramas asiáticas que, combinadas com este senso estético, murcha, ao meu ver, toda a discussão moral que está disposta na trama. Enfim, é de fato bem construído e prende o espectador. Mas, ao meu ver, é pouco para tamanha aclamação pela Academia e a crítica diversa.

Uma continuação tão bem feita tecnicamente quanto a série que, no entanto, serve mais como desculpa para entendermos como terminou a vida de Jessie. Vale pra matar a saudade e só.

a sensibilidade trazida nessa versão é a grande notícia do filme, pois é isto que o eleva do clichê ao bom cinema. A trilha é de uma felicidade ímpar.

Phillips entrega um filme irregular ao meu ver. Na primeira metade a construção do personagem fica arrastada demais. Já na segunda metade o roteiro melhora, o Coringa aflora e a majestosa atuação de Phoenix fica ainda melhor. Não fosse essa certa irregularidade e o filme seria arrebatador. Ainda assim, é um belo filme... mesmo que a comparação com o Coringa de Ledger seja inevitável.

O realismo combina pouco com a fantasia.

Demora a pegar, mas o final deixa aquele gostinho e aquela vontade de rever "A nova Esperança". O final salva, mas não livra o filme de sua irregularidade. Apenas médio, infelizmente.