Lupas (21)

Na obra prima de Minnelli, o cinema que abstém e subtrai também cria. Num trajeto alternativo à Sunset Boulevard e The Player, oferece novas óticas pro mundo sumariamente cruel de Hollywood, e com mais dinamica. Ato final incrivelmente lindo.

Clint sai diretamente dos spaghettis de Leone pra resolver uma pendência burocrática em NY. Mas claro que no processo, enfrentará inimigos bem piores que os bandidos do saloon, o sistema civilizado regrado.

Determinista oportunidade de contemplar o papel de um diretor na concepção de um filme. O jovem Kubrick bateu o pé, peitou estúdio e produtor pra modelar a narrativa com a inventividade que ansiava, e o resultado demonstra que não era birra gratuita.

Cinema em estado puro de alcuinação, delírio e extase. Num dos retratos mais incisivamente psicodélicos sobre Hollywood, os Coens filmam o definitivo inferno artístico, do processo criativo, da indústria e do autor.

No período que precedia a produção de duas de suas maiores obras primas, Huston comanda uma grande embarcação à força de remos. Muitas sequências poderiam e deveriam ter ficado na sala de edição, mas os desfechos dramáticos fatídicos já davam as caras.

O texto e a cenografia são tão inspirados quanto se espera dos Pythons, mas incoesão narrativa e a ausência de elos conectivos entre as esquetes dá lugar pra momentos de humor deslocado que nem parece oriundo deles. Vale por momentos específicos.

É para até o mais pueril dos fãs, repudiar.

Acossado?

SImplesmente perfeito, em todos os aspectos. Um filme de multiplas faces, e uma mais linda que a outra.