Lupas (22)

A condução é boa, mas é um pouco comportado demais, se não fosse Lee Van Cleef poderia ser uma bobagem completa. Mas há Lee Van Cleef.

Polanski conduz com precisão e inspiração, a trilha de Morricone dá o tom certo, Ford está num ótimo momento, Paris nublada totalmente pessimista, e ainda tem espaço pra um certo charme e as pernas da jovem Emmanuelle Seigner.

Corbucci em surto de criatividade, cala seu héroi e joga todos na neve para construir um western em tom pessimista, conduzido por uma das mais inspiradas trilha de Morricone e pintado em uma fotografia sensacional. Lindo!

Nolan conduz o desenrolar de um quebra-cabeça, dando a nós e a seus protagonistas o prazer da solução de um cubo mágico nos minutos finais. Diversão pura.

Apesar do começo enfadonho, na segunda metade a história engrena e justifica o motivo desse ser um clássico do western spaghetti, motivo esse que não é inovação ou genialidade, mas bom uso dos signos do gênero.

Não haveria forma melhor de transcrever o mundo de Scott Pilgrim que essa explosão de criatividade visual e nerdice de Edgar Wright ao som de um indie sensacional.

Peckinpah poetiza toda a violência presente em um banho de sangue numa condução perfeita que explode em um final extremamente agressivo, belo e memorável.

Pretende... Pretende... Pretende... Opa! Ah, só faz isso mesmo.

O spaguetti western segundo Miike: história cheia de referências, ação frenética, um tom mais sério do que o esperado que alterna com momentos totalmente nonsense. O único problema é que poderia ter funcionado melhor. Ainda sim é divertido.

Walter Hill refilma a refilmagem de Leone em tom gângster, preenchendo com a violência frenética habitual de seus filmes e Willis em um bom momento. Até que funciona, mas poderia ter sido melhor.