Soube através do meu irmão que o novo filme da franquia 007 seria dirigido pelo diretor Sam Mendes, ao receber a notícia, a minha reação foi: - Sam Mendes?! Será que ele é capaz de fazer um filme sobre espionagem e ação?!-. Espero não ser posto na cruz depois desse crítica.
O filme começa com uma cena de perseguição simples, eu falei SIMPLES! Muita correria, tiros, mortes, coisas sem nexo, dublês que aparecem mais que os atores, quando me deparei diante destas cenas, por alguns momentos eu me esqueci que Sam Mendes foi capaz de nos entregar pérolas como Beleza Americana e Estrada para Perdição.
O que era pra ser o centro da atenção dos cinéfilos, o sumiço de Bond por um tiro falho não faz a menor diferença na fita. Sam Mendes simplesmente esqueceu a suposta morte de Bond e de um take ao outro o espião da Rainha já aparece desfrutando de todas as maravilhas de um morto, sem a menor explicação!
60 minutos se passa e simplesmente o filme prossegue em uma amarração desgraçada, confuso, chato, nem 10 minutos sequer de ação de tirar o fôlego (estamos falando de um filme de ação!) não esperava a hora de ver Javier Bardem pra ele salvar o filme, e para minha maior surpresa... nem Javier Bardem salva! Um vilão efeminado que não contribui em nada para dar um gosto ao filme, tão bobo quanto o próprio Daniel Craig, e onde estava Sam Mendes?! Dormindo, penso eu.
Personagens sem carisma, que no meu ver nunca serão lembrados(Judi Dench é uma lástima!), confesso que prefiro esquecer. O diretor não consegue nos envolver na sua trama, não nos permite adentrar na vida e nas emoções dos personagens, tudo é rápido, tudo é vazio, tudo se esvai.
É incrível como em um filme sobre o espião mais famoso do cinema você não encontra apetrechos que marcaram a carreira de Bond. Com a maior simplicidade, Sam Mendes deixa de lado as parafernalhas e dispositivos mirabolantes que fizeram o espião ser conhecido, é de doer, mas não tem isso no filme.
E sobre o jargão mais famoso do cinema?! Você não vai encontrar uma sequência marcante, um clímax explosivo e de tirar o fôlego após a deixa de Bond, James Bond! Um argumento medíocre e pífio, esse é o 007 de Sam Mendes. Palavras ao vento, nada mais.
E sobre a inspiração de Sam Mendes no Batman de Nolan?! É pra bolar de rir! É uma afronta a um dos maiores filmes de ação, suspense e drama que o cinema pôde nos entregar. Achar que Javier Bardem como vilão de SkyFall pode ser comparado ao Coringa de Nolan, faz Hearth Leadger remexer-se no caixão, sem comparações.
Acho Daniel Craig um ator mediano, aquela cara de Maracujá amassado não tem nem de longe a elegância e estilo de Sean Connery, Roger Moore, e pior, a presença de câmera de Pierce Brosnan. Daniel simplesmente nunca conseguiu me cativar como 007 e em SkyFall foi a maior coletânea de clichês que um ator pode demonstrar, tanto em palavras como em ações. Comparar ele a Christian Bale, é jogar fora todo treinamento de voz, de caricatura e personalização que Bale com toda responsabilidade realizou para nos entregar o maior herói que cinema contemplou. Craig não calça nem o Kichute de Bale.
Comparar Nolan com Mendes?! O Cassino Royale de Martin Campbell põe no chinelo Skyfall de Mendes, não precisa nem continuar não é?!
Pena! Tive pena de Sam Mendes ao sair da sala depois de assistir 007- Operação Skyfall, arrastado ao extremo, sem uma sequer cena de ação que marque as 2:30 de filme, sem nenhuma cena sequer de espionagem de que nos deixe estupefatos, um roteiro sem nexo, diálogos que nos dá vontade de jogar uma pedra e quebrar a tela!
Péssima escolha de toda a equipe para realizar mais um 007, os produtores esqueceram de avisar a Sam Mendes que era pra realizar um filme que juntasse espionagem, ação e uma pitada de drama, esqueceram de avisar a Sam Mendes que era pra ser um filme sobre BOND, JAMES BOND!
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