Baseado no best-seller de Stephenie Meyer, o terceiro filme da saga “Crepúsculo” é uma evolução se comparado aos anteriores.
Em Eclipse, Bella terá que escolher entre a sua amizade com Jacob (permanecendo humana, mas entregue ao castigo dos Volturi por ser a única humana a saber sobre a existência de vampiros) e seu amor por Edward (sendo transformada em vampira). Ao mesmo tempo, estranhas mortes e desaparecimentos acontecem em Seattle, uma cidade perto de Forks, e os Cullen acreditam que estão sendo causadas por um exército de vampiros “recém-criados”. Na defesa de Bella, o clã Cullen se vê forçado a unir-se aos lobisomens no combate aos vampiros inimigos.
A história dos vampiros recém-criados originou o primeiro derivado da série principal: o livro A Breve Segunda Vida de Bree Tanner. Stephenie Meyer diz que prefere que os fãs leiam esse livro antes de assistirem ao filme, justamente pelo simples fato de que em Eclipse ocorrem muitas coisas fora da visão de Bella e A Breve Segunda Vida de Bree Tanner mostra todas essas coisas.
O diretor de Eclipse, David Slade, soube conduzir muito bem o filme, pois conseguiu equilibrar perfeitamente as cenas de ação com os dilemas emocionais e o humor. Os atores estão mais esforçados os efeitos especiais deram uma melhorada. A trilha sonora do filme, composta por músicas de sucesso entre os adolescentes, também não decepcionaram. Além do Muse, que entrou com canções em Crepúsculo e Lua nova, a trilha sonora conta ainda com a faixa “Rolling in on a burning tire”, do Dead Weather. O grupo novaiorquino Vampire Weekend aparece com “Johnatan low” e o músico Beck retomou a parceria com Natasha Khan, mais conhecida como Bat for Lashes, na música "Let's get lost". O trip-hop do Unkle, do DJ Shadow, também tem vez com "With you in my head". Acho que a única que eu não curti muito foi da faixa bônus escrita e interpretada pelo cantor brasileiro Fiuk, juntamente com sua banda Hori.
Uma coisa que eu não gostei no filme é o fato dos vampiros serem tão sentimentais. Até onde eu sei, vampiro é um ser “frio”, demoníaco, totalmente sem sentimentos. Mas não é isso que acontece em Crepúsculo. Reparem que quase todos os vampiros da família Cullen já tem sua namorada. Até os lobisomens, no filme, estão mais “frios” do que os vampiros. Tem uma certa cena do filme que Edward diz para o Jacob que, se Jacob não tentasse tirar a Bella dele e eles não fossem de espécies diferentes, ele iria gostar de Jacob. Mas Jacob responde: “Não, nem assim eu gostaria de você”. Em minha opinião, devia ser o contrário: o vampiro deveria ser “frio” e o lobisomem, pouco mais sentimental.
Aliás, o filme muda tudo o que conhecemos sobre vampiros e lobisomens. Até onde eu sei, vampiro é um ser mitológico que precisa de sangue (preferencialmente humano) para sobreviver, não pode sair na luz do Sol, transforma-se em morcego, dorme em caixão, podem controlar animais daninhos e noturnos, podem desaparecer numa névoa e possuem um poder de sedução muito forte. E, por serem seres demoníacos, as formas de combatê-los incluiriam o uso de objetos com valor sagrado tais como hóstia consagrada, rosários, metais consagrados, água benta, etc.
Na minha humilde opinião, os vampiros dessa saga estão mais para um mutante do X-Men do que para um vampiro. Em Crepúsculo, o primeiro filme da saga, quando Bella tenta descobrir o que o Edward é, ela imaginava que ele fosse um super-herói. Mas não é o óbvio? Afinal, desde quando os vampiros tem super-velocidade, super-força, brilham no Sol e não se afetam com objetos sagrados? Desde quando algum deles pode ver o futuro? Isso não está mais para um mutante do que para um vampiro? Por isso, eu acho que seria melhor se Edward e os Cullens fossem chamados de mutantes mesmo. Ou, ao invés disso, podiam até deixá-los como vampiros, mas que pelo menos se afetassem com a luz do Sol. Eu acharia melhor que, quando a luz do Sol batesse neles, que eles passassem mal, vomitassem, virassem pó, sei lá. Podia ser qualquer coisa, mas brilhar? Isso ficou ridículo.
E, segundo a lenda, um lobisomem é um ser mitológico que é amaldiçoado a se transformar involuntariamente em um ser metade lobo, metade homem em noites de lua cheia. Tudo bem que Stephenie Meyer quis fazer os lobisomens de outro jeito. Só achei chato o fato de que os lobisomens da saga se parecerem mais com lobos gigantes. Acho que, se a autora fizesse um ser mais monstruoso, e com metade lobo e metade homem, ficaria bem melhor.
E, uma coisa que eu não entendi no filme é como é que quando o Jacob se transforma em lobo suas roupas desaparecem e quando ele volta para sua forma humana elas aparecem de novo? Isso, pra mim, ficou mal explicado.
Apesar de cometer esses pequenos erros, eu considero “Eclipse” o melhorzinho dessa saga, pois este é mais divertido, tem menos clichês do que nos seus filmes anteriores e a história dos personagens está mais desenvolvida. Este sim, soube trabalhar bem a ação, o romance e o humor. Recomendo a todos os fãs da saga. E que venha o Amanhecer!
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