| “Apenas faço tudo o que qualquer um faz ( na neurocirurgia ), só que melhor.” |
Apesar de o filme apresentar o estereótipo de uma pessoa pobre tornando-se bem-sucedida, já exibido em tantas outras ocasiões, “Gifted Hands” apresenta ao público uma história cativante e com direito a uma bela mensagem.
Quando criança, Ben Carson ( não encontrei o nome do ator mirim, mas este se tornaria na fase adulta Cuba Gooding Jr. ) era preguiçoso, não estudava, o que acarretava num rendimento escolar fraquíssimo, passava horas assistindo à televisão durante todos os dias da semana, estava sem o pai, pois este fugiu da família, vivia numa casa simples e a mãe dele trabalhava como empregada doméstica. Com uma situação desta, parece inegável este garoto tornar-se apenas “mais um” na população. Todavia, com uma simples ação, a mãe de Ben, Sonya Carson ( Kimberly Elise ), muda todo o rumo do futuro de seu filho: fê-lo estudar. Os bons modos, entenda-os por: respeito, higiene, alimentação correta, etc, Sonya já havia dado aos filhos. Entretanto, a educação somente fora dada quando a empregada doméstica percebeu a importância que a leitura, por exemplo, poderia fazer na vida duma pessoa ao ver o seu patrão bem-sucedido financeiramente com uma biblioteca enorme recheada de muitos, muitos livros. Neste momento, Sonya impediu que Ben e o irmão passassem horas assistindo a TV e obrigou-os a ler livros e a escrever uma resenha sobre os respectivos. Posteriormente, os resultados aparecem como já se pode deduzir: a aplicação nos estudos tornou as notas baixas em altas, rendimento no colégio exemplar, enfim, surgiu um garoto prodígio.
O que vem depois é quase imaginável. Ben aprimora o conhecimento; a família muda-se e passa a morar numa região melhor; no colegial ocorre um pequeno problema de temperamento, mas é solucionado; na universidade Ben conhece a mulher de seus sonhos; adquire o emprego dos seus sonhos, de neurocirurgião; é demasiadamente bem realizado na carreira, tendo um lugar marcado na história da medicina quando separou, em 1987, gêmeos siameses unidos pela cabeça.
OK, a história de Benjamin Solomon Carson pode até ser quase um clichê de biografia, porém o que mais me agradou foi a mensagem. A junção de dedicação com os estudos transforma a vida do homem. Esta valorização foi muito bem passada pelo filme. Proporcionando ao Ben Caron, assim, um resultado merecido: a vitória. E, apenas como um destaque pessoal, quando Ben responde à pergunta do jornalista de como ele realizou a cirurgia até então inédita, o neurocirurgião responde algo parecido com “Apenas faço tudo o que qualquer um faz ( na neurocirurgia ), só que melhor”, não foi uma resposta esnobe, mas sim uma maneira de dizer “Só consegui realizar esta façanha por não me contentar com o simples, a média, a estagnação, pelo contrário, dediquei-me ao máximo e sempre busquei ser o melhor naquilo que faço.” Isto, para mim, marcou-me.
Recomendo.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário