The Theory of Everything, um filme sobre a relação entre o físico Stephen Hawking e sua esposa Jane Hawking (mais uma dessas biografias melodramáticas, que não chegam e não vão em lugar algum, beirando a estereótipos de sempre, o velho drama para emocionar, contar a história de alguém importante e depois de sair do cinema nem se quer lembrar quem é o sujeito). Felizmente, isso não acontece com A Teoria de Tudo, do diretor James Marsh, um filme dramático, que não está ali apenas para contar a história ou feitos de alguém, seja ele importante ou não, acabar a história e fim, o filme vai mais além, o filme possui duas horas de duração bem aproveitadas - o filme poderia ser um pouco mais curto sem problema algum - é claro que, com o desenrolar da história as vezes temos a sensação de estar presos na mesmice, isso acontece muito em biografias que não vão a lugar algum, A Teoria de Tudo pelo menos tem algo pra contar, não só para contar, mas também para nos apresentar. O filme é rápido e, digo rápido em um contexto de ter muitas coisas acontecendo, pulamos de determinada parte do filme para outra em uma velocidade surreal - o que geralmente acontece ao contrário nos filmes do mesmo gênero - O elenco é ótimo, estão muito bem em seus respectivos personagens, mas, o que dizer do jovem Eddie Redmayne ? Não à toa que o mesmo levou o Globo de Ouro como Melhor Ator - Drama, Redmayne nos passa uma sensação de confiança tremenda, e uma terrível carga emocional, principalmente nos minutos finais, seja com seu discurso, ou o momento em que nós vemos que todos tem seus momentos de tristeza e solidão. O ator está realmente muito bem como Stephen Hawking. Felicity Jones não fica atrás, sabe seguir bem de perto Redmayne, ambos, em seus respectivos papéis impressionam, a vida é de Stephen Hawking mas os momentos da sua vida, seja de dor, angustia ou superação passam a sensação de que aquilo é algo que todos possuem, seus momentos bons e ruins, e nem mesmo, com uma doença daquele tipo, a pessoa sem nenhuma esperança desistiu ou abriu mão de ser feliz ao lado de quem ama. O filme não é basicamente uma Biografia, parada, sem ritmo, sem vida e sem rumo. É um filme que emociona, pelo menos, funcionou muito bem comigo.
Dizer que é o melhor do ano, ou que é um filme espetacular seria sem nexo, pois o filme possui seus altos e baixos, mas as indicações e premiações tão aí pra mostrar que o filme é bom, de fato, e chega a ser inspirador, principalmente em seu final. No mais, é um ótimo filme, e se tem alguém com méritos é o ''jovem'' Eddie Redmayne, brilhantemente no filme, do começo até o fim, que consegue emocionar com seu carisma e talento.
Ótimo comentário (crítica), mas vou conferir por mim mesmo.
Obrigado Vanderley, não tentei ser muito longo ou explicativo demais... mas vale conferir, ainda mais se você gosta do gênero. 😏