Aproveitando o embalo do fenômeno pop criando em volta dos minions e a boa bilheteria do primeiro filme, era óbvio que Universal Studios não tardaria em lançar uma sequência, que de fato chegou em 2013 batendo mais uma vez recordes de audiência.
Infelizmente devo alertar que sucesso não se traduz em qualidade, e qualidade de um modo bem abrangente é algo que meu malvado favorito 2 não possui, mas entrega uma boa maquiagem para os espectadores menos exigentes.
Dessa vez seguimos Gru em sua nova vida com suas filhas adotivas, mas que vê sua rotina novamente mudar ao ser recrutado pela liga Anti-Vilões (ao lado de sua nova parceira Lucy) para descobrir quem é o criminoso que roubou a fórmula PX41, capaz de transformar qualquer ser vivo em um monstro.
Já vemos que roteiro não é um ponto forte do filme, afinal Gru não era um vilão anteriormente? Eu me pergunto que tipo de substâncias os roteiristas estavam usando ao escrever esse devaneio?
Mas ignorando esses "pequenos" percalços, tudo talvez não passe de um pretexto para introduzir o novo interesse romance de Gru (Lucy) e o seu novo arquirrival, que já devo dizer sem rodeios que é um lutador mexicano pra lá de sem graça chamado El Macho - o que me deixa com uma enorme dúvida se o nome é apenas sugestivo para um lutador durão ou uma sátira que tenta realçar a masculinidade do mesmo - visto as roupas que usa.
O filme esteticamente segue o mesmo padrão do anterior, situa a história, cria um problema narrativo, introduz (ainda que de forma insatisfatória os personagens) e caminha para um ápice resolutivo geralmente associado a cenas de ação.
Apesar de todo o restante da obra ser uma tragédia anunciada, não posso dizer o mesmo dos minions que são muito melhores explorados aqui - seja em suas passagens cômicas ou em seus musicais - e de fato salvam o telespectador da monotonia e da total falta de inspiração do roteirista.
Em suma, a Universal tinha tudo para melhorar a fórmula em sua sequência, mas percebe-se que criatividade é para poucos (obrigado por tudo senhores Cinco Paul e Ken Daurio) e o sentimento que já era de indiferença no primeiro filme, agora transforma-se em algo mais próximo da ganância, que diverte o público infantil (ou menos exigente) mas que não satisfaz quem busca uma experiência mais criativa e gratificante.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário