Antes de ver o filme me perguntava se o tema possuía o carisma necessário para levar o Oscar. Impossível não lembrar de Piratas do Vale do Silício, de 1999, o qual mostrava a criação da microsoft, tendo como personagem principal outro gênio dos computadores, o Bill Gates. Porém parecia-me um tanto exagerado comparar um filme dirigido por um grande diretor e concorrente ao oscar a um feito para a tv.
Mas A rede social é mesmo muito semelhante ao Piratas do Vale do Silício, e a razão não é apenas a similaridade dos eventos e da personalidade e procedimentos dos protagonistas, mas da forma como o filme foi conduzido. A narrativa de a rede social é ágil tornando o filme dinâmico, mas aliado à quantidade generosa de informações passa a sensação de documentário, assim como acontece com muitos filmes que contam a história de bandas de rock.
Em resumo, o filme é bom. O David Fencher conseguiu contar de forma clara a história da criação do facebook, as características dos envolvidos e as tramóias que cercaram o evento. Vale salientar que algumas nuances da personalidade dos principais personagens (Mark, Eduardo e Sean) foram enfocados de forma sutil, causando até dúvidas se algumas ações deles foram ou não propositais. Mas quanto ao Oscar, fica devendo muito e até mesmo me pergunto se merecia mesmo uma indicação.
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