Já virou clichê chamar essa primeira parte da trilogia de melhor filme de todos os tempos, mas fica difícil não colocar "O Poderoso Chefão" nesse patamar único de "o melhor".
É muito difícil um filme conseguir esse status agradando a vários tipos de públicos, desde os cinéfilos mais exigentes até os mais desligados fãs de blockbusters, não por ser de fácil assimilação e entregar o roteiro todo mastigado, pelo contrário, mas a quantidade de cenas marcantes, como a da cabeça do cavalo na cama, a da morte de Sonny no pedágio, os primeiros assassinatos de Michael no restaurante e infinitos outros é a razão dessa paixão pra esse tipo de público, e são justamente as inúmeras cenas marcantes que me faz gostar mais dessa primeira parte do que da segunda, apesar de ser mais complexa e também genial.
O que dizer das atuações então, Marlon Brando na pele de Don Vito Corleone, o chefão da família é uma das grandes atuações de todos os tempos, os trejeitos do personagem criados por Brando é até hoje imitado e jamais serão esquecidos, mas ele não reinou sozinho, conhecemos também no filme o talento do então novato Al Pacino, que já dava mostras do quanto grande ele seria na pele de Michael Corleone, Robert Duvall no papel do Consiglieri Tom Hagem, filho adotivo de Vito também está muito bem, dando o contraponto mais calmo e maduro quando necessário na trama para a família, agindo como o advogado que é em prol dos interesses da família e James Caan, no papel que marcou sua vida inteira, o do intepestivo Santino "Sonny" Corleone, que acaba morto justamente por esse seu temperamento.
Francis Ford Coppola que criou algumas obras-primas, tem seu momento máximo nesse filme, conseguindo tirar o máximo do potencial de seus atores e criando cenas inesquecíveis que ficaram no imaginário popular até hoje e ficará pela eternidade, essa é a força de O Poderoso Chefão, uma obra inesquecível e atemporal, um dos momentos artísticos mais marcantes do século XX, ao assistir pela primeira vez o filme, fiquei tão impressionado que posso dizer que ele mudou minha vida (cinematográfica) pra sempre.
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