Um épico de grandes proporções (em todos os sentidos), esse filme com final previsível dividiu opiniões e foi injustamente indicado a apenas um Oscar (melhor figurino). Se até a atriz principal pôs em cheque os atributos do filme, o que os demais espectadores podem esperar? Com diversos temas a serem explorados, como a cultura do país título, o ataque japonês na 2ª guerra mundial, o romance entre uma fazendeira rica e um capataz brutamontes, a trama deteve-se mais à história de um menino órfão aborígine, que, sem ser branco nem negro, e recebendo a alcunha de café com leite, é caçado pela polícia, tendo que viver escondido. Em vários aspectos a história lembra os épicos antigos, como E O VENTO LEVOU (1939), mas, ao contrário de outras produções americanas, não é uma cópia deslavada. A superlatividade da trama reflete-se na duração do filme (quase 3h), nas belas e grandiosas paisagens australianas, no elenco de competência indiscutível e no talento do diretor, que não deixa nada a desejar. Uma ótima aventura, que emociona e prende a atenção do começo ao fim. Mesmo sabendo como será o final, isso não impede que se obtenha o máximo de diversão e entretenimento, o motivo maior da sétima arte existir. Recomendo!
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário