Bom filme com personagens em decadência moral e o elenco todo esta muito bem os interpretando, Bom roteiro com algum clichê inevitável, e boa direção em cenas fortes e dramáticas, e boa trilha sonora.
Os personagens todos muito bem interpretados são o ponto forte desse bom filme:
Rob Lowe interpretando Jonathan, médico com sua frustrações distante da familia, convivendo com seu ego masculino e paterno por seu filho hoje chamar alguém que ele julga estranho de pai, Lowe demostra controle em sua atuação em alguns momentos principalmente quando exerce sua medicina em um momento crucial mais ele mesmo não enxerga sua competência e que assim poderia conviver melhor com seus erros do passado, mais sua alma se encontra em uma derrocada sem volta.
Christian Mckay, interpretando Tim o mais introvertido desse grupo de amigos, demonstra não estar a vontade com sua sexualidade se se sente desconfortável sobre sua condição ou escolha cada um tem sua opinião sobre isto, e o roteiro acerta em não definir se o motivo de sua separação da esposa é esse ou se é somente esse e outros muitos que acabam com uma relação, assim não sentimos pena do personagem apesar da fraqueza e falta de perspectiva que Mckay demonstra em sua boa atuação.
Thomas Jane em boa atuação também interpretando Richard um professor, frustrado que queria ser um artista e um escritor de sucesso, hoje sai com mulheres mais jovens que talvez vejam nele um cara bem sucedido, mais só ele sabe de suas frustrações e ele entre os quatro nessa história trágica é o que lida melhor com a situação e aceita que a vida para ele é uma causa perdida.
Jeremy Piven interpretando Ron, que parece ser o mais centrado do grupo desses caras, só aparenta mente para a familia sobre estabilidade financeira e esta prestes a pagar por todos que lesou, é o personagem junto com o personagem de Thomas Jane mais eloquente e que fala o que sente mais para ele não há mais tempo de discursos de arrependimento e cheio de demagogias, ele já faz parte dessa tragédia da alma só demorou mais do que os outros para admitir isso.
A bela Carla Gugino, tem carisma e beleza apesar de sua personagem não ter muito espaço na história e até se tornar desnecessário, mais é sempre bom ver sua beleza e carisma em cena.
A direção também é eficiente em cenas que vão da alegria de plastico na festa regada a drogas e hipocrisia, e nos diálogos a direção dos atores muito boa, principalmente nas discussões dos personagens Richard e Ron.
Boa trilha sonora demostrando o que os personagens ouviam em sua época de faculdade, punk dos anos 70 com Sex Pistols e The Clash, aquela rebeldia da época agora se tornou a frustração da atual de caras com quarenta e poucos anos que mesmo atingindo um patamar respeitável em suas vidas de uma forma ou outra conseguiram estragar isso tudo.
O Roteiro apesar de seus clichês nesse caso inevitáveis em minha opinião porquê em uma história trágica sobre a decadência moral e da mente, o final apesar de clichê foi coerente com tudo que aconteceu no filme.
Conta com calma essa história dessas pessoas que fogem de suas vidas medíocres na visão deles próprios e abusam de drogas para amenizar a dor de tudo que perderam, mais na verdade as drogas potencializam a decisão deles de cumprir o "pacto do passado".
Mais a vida de todos ali já estava em decadência nenhum deles ali encontrou motivos para seguir em frente, então bem ou mal decidiram o que era melhor para eles naquele momento, mesmo que não estivessem em condições mentais de uma decisão desse porte, foram para a tragédia anunciada de suas vidas de perdedores que eles mesmo se intitulavam assim.
Interessante também colocar os personagens ali com as visões do que eles foram um dia na figura daqueles jovens que foram na casa, ali eles viram o que foram e o que poderiam ter sido, infelizmente a vida pode levar você a chamada: "mediocridade" que apavora a muitos,e se percebe que não vai conseguir mudar o mundo e nem sua sua própria vida as circunstancias jamais vão permitir isso, só nos resta conviver com isso e seguir, mais essas pessoas do filme não conseguiram lidar com isso e acabaram da pior forma possível.
Um bom filme que se não é uma obra -prima, não chega perto desse nível de uma obra-prima filosófica, mais é competente no quer transmitir sem ser pretensioso, é um filme que possui suas qualidades é reflexivo e coerente.
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