BOM FILME EM: ATUAÇÕES, ROTEIRO, ERRA AO TENTAR EMOCIONAR EM ALGUMAS CENAS , MAIS NO FIM COMPENSA ASSISTIR.
O roteiro é bom apesar de maniqueísta e desde o inicio já é apresentado quem é a vilã e a heroína da história, mais apesar disso tem um ponto positivo em analisar que fora a vilã as outras mulheres agem daquele jeito por pressão social em sua essência não são más.
Elas precisam se envolver na sociedade na "elite", e mesmo que não concordem com os atos racistas das "damas da sociedade", não enxergam que tem capacidade para evoluir, continuam a padecer na ignorância por associação a pessoas que não se importam com a dignidade humana.
A direção do filme tenta forçar uma emoção em algumas cenas, e esse recurso já foi melhor utilizado em filmes: "Mississipi em Chamas" e "Tempo de Matar", que também conseguiam expor o racismo em outro contexto e nas cenas mais dramáticas não ficaram piegas.
O que Salva essas cenas são as atrizes talentosas que conseguem se sobrepor a essas composições de cenas que tentam emocionar.
Viola Davis interpreta Aibileen Clark, competente em seu trabalho pacientemente suporta o racismo velado ou explicito.
Se apega até aos filhos na casas em que trabalha, nessa sociedade algumas mulheres sem a minima vocação para mães, mais sentem que precisam participar daquele mundo que diz que mulher para se sentir realizada precisa constituir uma família.
Mundo esse que aconteceu nos Eua dos anos 60, mais hoje Brasil 2016 também acontece mesmo que não se admita.
Essas empregadas criam um vinculo materno muito forte com filhos de suas "patroas"
Davis interpreta muito bem a paciência e cuidados com o trabalho mais também é uma mulher forte quando necessitou confrontar as atitudes racistas.
Octavia Spencer interpreta Minny Jackson, também competente só difere de Aibillen na paciência não consegue seguir trabalhando em casas de racistas e não leva desaforo.
Octavia Spencer também esta muito bem em sua atuação.
Emma Stone interpreta Eugenia "Sketter", e se sai muito bem também, mulher que não compactua com o que parece ser uma lei que se impõe que as mulheres devem se casar e ter filhos não por escolha mais por se sentir pressionada e ela sabe que é muito mais do que isso, não precisa de uma felicidade de plástico de um casamento de conveniência se vestir bem e maltratar suas empregadas.
Sabe da dificuldade em escrever e denunciar aquelas pessoas em seu livro, mais tem a devida coragem para isso,
Em sua alma ela sente que deve isso por ter ser sido mais uma criança da cidade que foi educada por sua empregada e precisa agradecer de alguma forma esse vinculo tão importante.
A bela Jessica Chastain interpreta Celia Foote, também não participa do mal da ignorância social, e convive com devido respeito com sua funcionária negra e criam uma amizade também sem falsas promessas e demagogia na relação patroa e empregada.
Chastain exibe uma sensualidade sem ser vulgar em sua expressão corporal olhar e tom de voz, tudo isso que confronta aquela cidade tão preconceituosa e fechada a pensamentos e atitudes diferentes.
Bryce Dallas Howard interpreta Hilly Holbrook a personificação de uma mulher vazia maldosa sente prazer sádico em maltratar financeiramente em verbalmente suas empregadas.
Em seu olhar perverso e atitudes mais ainda Bryce Dallas consegue a antipatia certeira com sua personagem.
Citei essas cinco mulheres do elenco que para mim tem as melhores atuações, mais também vale lembrar de participações menores mais importantes também de: Cicely Tyson e Sissy Spacek.
Enfim bom filme devido ao elenco feminino competente.
Uma história recorrente no cinema do preconceito no sul dos Eua, mais sempre um tema relevante para assistir e refletir depois.
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