Em véspera da estréia de Capitão América :Guerra Civil, a não credibilidade que dou ao novo lançamento da casa das idéias Marvel já vem de antes. Se em Capitão América :Soldado Invernal, as coisas pareciam rumar pra um novo caminho, bem mais certeiro que as patacoadas anteriores, em Vingadores :Era de Ultron, as coisas regridem drasticamente.
O primeiro filme da super equipe, apesar de não ser a estrela reluzente nos olhos das pessoas como muitos e muitos por aí afirmam e nem passa perto de ser o melhor filme de hq como também muito batem o pé, tinha lá seu acertos, era um história simples, com caras vestindo roupas coloridas enfrentando um irmão birrento e aliens saídos de um buraco de minhoca. Não, não é um episódio de desenho animado do sábado de manhã, era um filme, e assim se fazia ser, sem ser levado a sério, sem compromisso, sem querer soar reflexivo ou com alguma filosofia, era começo, meio e fim, os bonzinhos contra o vilão, ponto final. O maior erro da sequência está exatamente aí, ao tentar fazer o contrário, soar cheio de sentimentos , cheio de questionamentos, quando não passa de um filme apático e distante.
Adiantando as coisas, depois de algumas explosões, porradas de vídeo game e algumas insistentes piadinhas ruins, somo apresentados ao vilão da vez e que tem da nome ao filme, Ultron, uma cria de Tony Stark que deu errado, e eis aí a primeira cagada do filme. O robô é trilhões de vezes um vilão muito mais interessante que Loki, mas não teve nem um terço da atenção dada ao irmão birrento do Thor e a produção peca muito em não dar o devido tratamento que deveria à ele. As motivações e reflexões de Ultron são cabiveis, mas em momento algum passa convicção ou aparenta ser uma real ameaça, ele fala, ameaça, urra, mas não chega em lugar nenhum, todo espera espera e espera e nunca chega em ponto algum e termina num planinho mais do mesmo, com tantas formas que ele poderia fazer o que gostaria, o método que usou só é justificável pra tentar criar um final que crianças iriam aplaudir. Ultron entra quieto e sai calado sem deixar na mente do espectador absolutamente nada. E se temos isso no lado mal, no lado bonzinho também temos um desperdício tremendo, Visão, que se torna a coisa mais interessante da equipe só da as caras lá perto do clímax final do filme, faz uma gracinha (a única das piadinhas que me fez rir) e logo vai à campo pra socar, entrar em explosões e aquela mesma velha história típica, um desperdício completo já que ele e Ultron, caso fossem melhor usados poderiam sim dar um ar diferente que tentaram impor aqui.
E é nesse momento que a apatia do filme surge. Longas do gênero hq, tendem a ter um crescendo, para envolver o espectador e manter a curiosidade, aqui o caso é outro, o filme começa morno e vai só esfriando a cada minuto passado, quando chega perto de seu final, o espectador está tão distante que só continua a assistir ou pra não perder o dinheiro do ingresso ou por falta de algo melhor pra se fazer.
Em determinado momento, as coisa engrenam pra uma "crise" dentro do grupo que não é tão unido assim como parecia, e aí vem mais problemas. O filme para que entre o suposto momento difícil entre eles, onde as idéias são colocadas expostas em roupas de civis e caras abatidas. Primeira coisa, o elenco não sustenta esse tipo de conflito em cena, é fraco demais o que torna não palpável o momento que estão passando. Chris Evans continua com a mesma cara de songo mongo desde o primeiro filme solo e Downey Jr. com a mesma cara de deboche que adotou de Homem de Ferro 2 em diante. O único que consegue mesmo mostrar em conflito ali é Mark Ruffalo que se vê perdido devido a sua outra personalidade e explora isso bem coeso. Afora demais partes que tentam soar dramáticas ou trágicas que mais lembram a cafonice de Michael Bay com direito a cena slow motion e trilha chorosa.
Os efeitos ainda salvam alguma coisa, temos melhorias desde o primeiro filme em certos momentos, aplicados em Mercúrio (se bem que a cena do mesmo personagem em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido engole qualquer coisa dele aqui) são bons, a Legião de Ferro também se mostra bem legal, Ultron também se sai bem, apesar de ser um robô gigante anda com leveza, Hulk se mostra mais real também é mais expressivo. Já em outros momentos, não são tão legais, como na luta entre Homem de Ferro e Hulk, que mais parece uma cena de vídeo game ou no próprio Visão, que apesar de bem construído uma capa bem tosca feita digitalmente, o que dá pra se notar à quilômetros de distância.
Em resumo, esse segundo Vingadores erra feio em suas novas propostas, caminha dois passos atrás do segundo Capitão, se tornando algo completamente apagado, um filme piegas e completamente cafona. Espero de verdade que a Marvel possa usar todo seu potencial dando foco em personagens realmente interessantes, usando de bom senso entre sua fórmula fofa que já é de praxe e algo que avance na qualidade geral de suas produções. Que em Guerra Civil ela dê finalmente seu chute certeiro.
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