- Direção
- Hirokazu Koreeda
- Roteiro:
- Yûji Sakamoto
- Gênero:
- Drama, Suspense
- Origem:
- Japão
- Estreia:
- 30/11/2023
- Duração:
- 126 minutos
Lupas (6)
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Particularmente, gostei muito da edição desta obra do Hirokazu Koreeda, há umas voltas interessantes para ver diferentes pontos de vista, e o filme não precisa alertar o espectador para isso (tem que ficar atento), mas tudo tem um porquê organicamente ao roteiro: a depender da perspectiva e das motivações de nossas ações, seremos vistos como monstros, ou não. É um trabalho estupendo de roteiro, sensível ao extremo e muito bem montado.
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O passeio por gêneros e pontos de vista engendrado por Kore-eda se mostra um recurso acertado no todo. Sob um olhar mais aproximado, suas partes são meio irregulares, oscilando na captura da atenção. A meia hora final é a melhor parte dessa construção toda estratificada.
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No final das contas é isso mesmo. Somos monstros. A sociedade é monstruosa. Um emaranhado de pessoas ignorantes, preconceituosas, covardes e vazias. Sei que "Monster" vai muito além desses conceitos. É um filme construído como um estudo sobre perspectiva, um drama poderoso sobre a nossa incompreensão da realidade dos outros. Mas é o que não me sai da cabeça. Somos monstros. A sociedade é monstruosa. Kore-eda é um realizador impressionante.
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Normalmente Koreeda nos proporciona histórias de difícil ou impossível julgamento, faz parte do seu cinema. Em monster, sua espécie de Rashomon, a genialidade do diretor está exatamente em fazer com que todos os espectadores façam julgamento de valor antes de conhecerem a verdade. É um retrato preciso do mundo atual do cancelamento , pena mesmo é que os "canceladores" de plantão nas redes socias dificilmente se colocaram em xeque depois de um tapa na cara deste.
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Que filme triste e bem feito E melhor que a maioria dos filmes mais badalados do ano.
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Koreeda, seu MONSTRO, que filmografia impressionante e consistente! Aqui, na rara ocasião de dirigir um roteiro assinado por terceiro (mas que poderia facilmente ser confundido como sendo do próprio Koreeda, dadas as similaridades), o cineasta entrega uma de suas obras máximas, cuja estrutura derivada (mas não idêntica) à de Rashomon confere uma série de camadas e nuances à singela rede de personagens e relações retratadas, sob o tom intimista e pungente típico do diretor. Que final avassalador