
Lupas (10)
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O filme desenvolve uma narrativa magistral que mescla frustrações profundas e sonhos distantes, conduzindo o espectador por um percurso tão sensível quanto perturbador. Mia Goth entrega uma performance extraordinária, extrapolando com maestria os mais complexos de seus sentimentos. Ti West, por sua vez, reafirma seu domínio ao criar um belo terror B, equilibrando beleza estética e tensão.
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No geral, 'Pearl' não decepciona. Enquanto a premissa do filme pondera a ambição obsessiva e mostra suas consequências, as cores e o figurino impressionam cena após cena. Mia Goth carrega o filme mostrando toda a repreensão sexual, familiar e religiosa sofrida pela personagem. Uma pena o início ser tão arrastado e o monólogo no clímax ser tão longo.
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A ambientação é excelente remetendo ao mundo de O mágico de Oz e à personagem de Judy Garland. A paleta de cores é o ponto alto de um filme que tem uma certa dificuldade de cadência mas o que mais me incomoda mesmo é a histeria, fica difícil crer naquilo que está em tela. Ainda sim o resultado é positivo.
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Filmes de origem de personagem chegam com responsabilidade, é inevitável a expectativa que se gera pois estamos cientes do que já foi feito, se tratando de vilões, há sempre o receio de se justificar demais os atos futuros com seu passado turbulento, mas essa linha foi bem conduzida por Ti West, que ainda que escancare fatos importantes que ajudaram a moldar o terror, Mia Goth brilha ao entender que o melhor que pode oferecer é sua psicopatia, que encanta e aterroriza até os créditos finais.
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O estúdio A24 vem se destacando em filmes cada vez mais minimalistas e com direção que fogem ao senso comum. É o caso deste, que apesar de não ter um roteiro fabuloso (mas ainda assim eficiente), consegue criar a atmosfera tensa, em ritmo apropriado, claustrofóbica apesar das tomadas amplas ao ar livre, no campo, com uma protagonista e seus pais atuando na medida certa. Pearl é uma garota que aos poucos vai mergulhando em suas sensações: o prazer da morte, de tocar e explorar eu corpo. Mia Goth
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Mia Goth...
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A atriz é um achado e parece engolir o próprio filme, tirando isso tem umas referências interessantes, é um horror psicológico pop (em certos aspectos o hype do filme me lembra um pouco o hype de Drive - outro estudo de personagem perturbado e violento, mas no cinema de ação - prazer superficial, ainda que o cinema do West me agrade mais do que a obsessão indie estilizada de Nicolas Winding Refn )
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Achei melhor que X. Aqui os personagens tem profundidade, lá não.
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O melhor terror de 2022.
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Quando "The Wizard of Oz" encontra "The Texas Chainsaw Massacre". Ti West em mais uma grande direção, comandando um genuíno espetáculo de horror com a parcimônia e talento característicos do seu cinema, provando ser um dos melhores cineastas do gênero na atualidade. Mia Goth em atuação bastante inspirada (a cena do monólogo é sensacional), mostrando toda a complexidade e insanidade da sua personagem com bastante destreza. Belo, estranho, tenso e assustador, é ainda melhor que X (2022).