Park é diretor fanfarrão, não há dúvidas , especialmente quando ele insere passagens de tempo estapafúrdias para tentar confundir o espectador. Seus filmes não são ruins, mas são em geral um tanto histéricos em sua vontade de surpreender. Neste caso se ele tivesse focado esforços em uma femme fatale mais "fatale" o resultado seria ais intrigante.
Uma trama de obsessão, desejo e dominação, mostrada por Park de maneira ora instigante, ora confusa, mas que ganha muita força com sua estética muito bem realizada.
O novo filme de Chan-wook Park não tem o mesmo impacto de suas obras anteriores, tampouco parece um trabalho de sua assinatura. Apesar da excelente montagem, fotografia e aprofundamento dos personagens; é só mais uma obra policial com estética bonitinha. Se for pra misturar romance com trama investigativa, prefiro Miami Vice.
Wook-Park continua o mesmo cansativo de sempre e exagerando na pretensão. Sua narrativa confusa e prolixa só faz cansar por volta da metade, com idas e vindas dos personagens que pouco dizem ao público. Já teve chances o suficiente de acertar e fica gastando a paciência de quem se dispõe a uma sessão de sua autoria.
Repleto de pequenas estranhezas e delírios visuais que engrandecem a narrativa. Gosto bastante do trabalho em torno da personagem de Tang Wei, enigmática como poucas. Mas no geral um pouco abaixo do padrão de Chan-wook Park.