Lupas (14)

burocrático

Sim, o garoto é chatíssimo; sim, o roteiro encontra soluções fáceis; sim, parece um filme que já vimos com outra roupagem. Mas nosso muitíssimo respeito ao mestre Clint - pela sua sensibilidade, força e altivez. A memorável cena das lágrimas cobertas pelo chapéu de Cowboy representa o símbolo-mor do que é o Cinema de Clint Eastwood em sua velhice.

Outra bela história. Clint tem precisão cirúrgica em pegar projetos inspiradores. Mas em Cry Macho, o sentimento que fica é o de incompletude, frustração - não pela história, mas o filme, como um todo. Volta e meia, Clint parecia dirigir no piloto automático, com um pouco de pressa. Grande exemplo do "simples e profundo" foi Gran Torino (que me arrancou lágrimas). O que sobrou lá em 2009, faltou aqui.

Eastwood aqui soa repetitivo, mas é inegável que suas histórias de redenção na maturidade são sempre interessantes. Vamos aproveitá-lo com alegria enquanto ainda o temos por aqui.

É sempre muito bom acompanhar Clint em cena, especialmente quando ele explora a sua própria vulnerabilidade, transmitindo ao público as dores e as marcas do envelhecimento enquanto fato inescapável da vida. Mas infelizmente, a atuação honesta do velho cowboy se perde na ingenuidade do roteiro (as vezes até risível), na trama repetida e repleta de clichês, além na atuação amadora de diversos atores (com exceção do galo que interpreta Macho, que deve ser uma espécie de Daniel Day-Lewis das aves).

Mais um belo trabalho para a galeria de personagens de Clint Eastwood. Mais um filme humano e sensível do imponente realizador. A abertura é apaixonante, o final deixa um sorriso no rosto.

Clint consegue mesmo com o mínimo, manter-se entre os melhores diretores em ação. Junto com Allen e Fincher mantém uma regularidade impressionante.

- 401º filme de 2.021! Visto em 23/10 (o 23º filme do ano visto na HBO Max)... - Bom... - Não está entre os melhores filmes do ícone Clint Eastwood, mas está bem longe de desastres como "15h17 - Trem Para Paris" (2.018)! Aqui, o diretor repete alguns clichês dos filmes mais recentes, mas pelas circunstâncias, principalmente as limitações da idade, ainda é um filme acima da média e que vale uma sessão! Vida longa ao grande Clint Eastwood...

Um pequeno drama, que trás o lendário Eastwood, que nesse ponto de sua vida todo filme pode vir a ser o último, e essa visão emociona mais que o filme em si, que conta uma história morna, bem inocente ao estilo anos 80 mesmo, parece andar em círculos em alguns momentos, a mensagem no fim das contas é clara, sobre confiança, amizade e desconstrução da figura do macho, que no fundo seria só mas alguém perdido como todos os outros, que no fim da vida olha pra trás e não vê muito sentido, bom filme.

Como lenda do cinema, vai virar capítulo em Tratados sobre a sétima arte e um tópico a ser estudado no futuro será: " Filmes da Velhice do Clint", de Gran Torino até o fim da filmografia. A mesma persona em situações, ações e dilemas que mudam a abordagem de acordo com a limitação física trazida pela passagem do tempo. É o Senhor Legado.

Maravilhoso ver o mito em pé, ensinando mais uma vez aos jovens (dentro e fora da tela) como guiar a vida. História é o cacete! Todo valor é ver Eastwood indo ao limite, simplesmente aparecendo com coragem e personalidade, doutrinando. (Termina muito de repente, antes de voltar ao recanto, deveria atravessar a fronteira, havia coisas pra discutir ali).

Eastwood insiste em seu chapelão de vaqueiro e entrega uma atuação cansada e nem um pouco além do que já vinha oferecendo há cinco décadas. O roteiro, escrito a quatro mãos, é de uma preguiça vergonhosa, e recai não só em estereótipos, mas também em rumos mais do que manjados.

O filme é razoável e Clint domina a cena, mas, que mlk chato! PQP. A tentativa de inserção do humor falha miseravelmente.

Clint Eastwood é uma genuína lenda viva do cinema, e por trás de um corpo debilitado pela velhice, ainda existe uma grande força da natureza. Neste road movie revisionista, o cineasta reflete sobre questões como: jornada, honra, propósito e redenção, com a costumeira precisão e sensibilidade característicos de sua filmografia.