- Direção
- Jan Komasa
- Roteiro:
- Mateusz Pacewicz
- Gênero:
- Drama, Suspense
- Origem:
- Polônia
- Estreia:
- 29/07/2020
- Duração:
- 135 minutos
Lupas (8)
-
Em tempos de campanhas ferozes de derrubada via redes sociais, o retrato amoral proposto por Komasa é mais do que pertinente. Poderia andar menos em círculos e ter uma edição mais enxuta, e o impacto de sua mensagem ainda estaria assegurado. Certos acasos providenciais do roteiro também deveriam ter sido revistos, mas o terceiro ato recupera a credibilidade e joga os escrúpulos na lona de uma vez por todas, bem como se vê por aí.
-
Apesar da constante sensação de coincidências convenientes, há uma organicidade discursiva curiosa, deixando para a sugestão o ponto alto do estudo entre escolhas como indivíduo e como coletivo, sem abdicar da parcialidade que, para um tema desses, não pode ser invisível. O ponto de vista ideologicamente vago em uma narrativa clara se expande e o fundo do poço, prenunciado, sempre pode ser mais embaixo.
-
Filme opaco com fundo social e jovem que adere ao liame narcisista e psicótico existente em (PARTE DELA!) nossa sociedade. Não é a primeira vez, aqui um acerto midiático pros negócios da Netflix. Novelão msm!
-
Komasa utiliza um tema urgente pra criar uma trama envolvente de um psicopata em formação em um espiral de acontecimentos absurdos. Em tempos de fake news influenciando eleições e a extrema-direita chegando ao poder, um indigesto mas importante retrato.
-
Um dos melhores filmes de 2020
-
Além de um filme de autor, esse aqui também é um filme de ator.
-
A temática do filme é altamente necessária, mas peca demais na execução, principalmente em alguns pontos: individualiza demais a questão, alimenta um romance bobo que absolutamente nada acrescenta à trama e ainda conta com conveniências demais no roteiro (a cena em que há um roubo de armas é constrangedora). É uma pena porque os personagens ficaram bem interessantes, ainda que tenha um excesso de maniqueísmo de alguns, o protagonista, por exemplo, é muito bem construído, em ótima atuação.
-
Filme esplendido, contudo, com a ressalva que o final deveria ser adverso, para não dar a impressão errônea de que a cultura do ódio é vitorio e sairia ilesa, bom, ao menos é o que não queremos crer… Um retrato bem fiel das abomináveis fake news, industrias da disseminação do ódio, da intolerância, muito bom… Uma pena nos apegarmos ao protagonista anti-herói…