Aqueles filmes que dói na alma, parece tão impossível, tão enojante, revoltante, humanos tratados piores que bichos por sua cor, ojeriza, ódio, tanta raiva e tanta angústia, uma fotografia e ambientação que nos sentimos numa eterna fuga junta a Harrier, com todo nosso amor e torcida… Que orgulho dessa mulher, heroína, omo assim quase não ouvimos citações a ela, que coragem, que poder, que maravilhosa homenagem biografica...
Filme com uma trajetória inspiradora de uma poderosa mulher que lutou contra a opressão racista nos EUA do séc XIX. A interpretação de CYnthia Erivo é competente e há diversas mensagens importantes, porém os recursos narrativos, especialmente os de flashback e um tom novelesco diminuem um pouco o brilho da trama.
Ancorado basicamente pela atuação magistral de Cynthia Erivo (e a edição ágil), o filme resgata uma verdadeira heroína, praticamente esquecida. Ainda que a história tenha força própria para conduzir a narrativa, o roteiro merecia mais cuidado realístico, principalmente, nos eventos onde dramatiza demais a ação, sem necessidade (1a travessia de rio com resgate da família, discurso pro senador, lição de moral pro ex-dono etc). Faltou a Lemmons sensibilidade para não transformar Minty em Rambo.
A ótima atuação de Cynthia Erivo é o que Harriet tem de melhor. O filme não é ruim, mas poderia ter sido bem melhor. A direção de Kasi Lemmons é fraca, não dando um bom ritmo. A montagem é atropelada e o fraco roteiro apesar de desenvolver bem a protagonista não faz o mesmo com os outros personagens. É tudo bem superficial. O resto do elenco não tem ninguém que se destaque. Tecnicamente não tem nada que se destaque. Tinha tudo pra ser um filmaço, mas é apenas mais uma cinebiografia mediana.