- Direção
- Tamara Kotevska, Ljubomir Stefanov
- Roteiro:
- Tamara Kotevska, Ljubomir Stefanov
- Gênero:
- Documentário, Drama
- Origem:
- Macedônia do Norte
- Estreia:
- 19/03/2020
- Duração:
- 90 minutos
- Prêmios:
- 92º Oscar - 2020
Lupas (12)
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https://letterboxd.com/vinigarcia/film/honeyland-2019/
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Um achado, daqueles exemplos em que a simplicidade é tratada de forma que engrandece, torna tudo maior do que aparenta e traça paralelos globais com grande facilidade.
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Sem narração, entrevista, opinião e até evolução temporal, relatando o que acontece, ou mesmo apresentação dos personagens, o pseudodocumentário (difícil acreditar que todas as ações da história sejam reais, uma vez que muitas cenas parecem ensaiadas), alerta, de forma até criativa, sobre a importância da exploração sustentável dos recursos naturais, o problema é a estrutura novelesca, que força um conflito pouco convincente entre a protagonista e o vizinho clichê, ambicioso e estúpido.
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Honeyland possui momentos impactantes e enfadonhos quase na mesma quantidade, tornando a experiência de acompanhar as contrastantes formas de se viver interessante e reflexiva, mas longe de algo grandioso.
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"Desde a morte de sua mãe, a protagonista Hatidze se afastou de sua aldeia. Agora ela está morando em uma vila mais próxima da cidade, em uma casa adequada, com eletricidade e água. Ela ainda está voltando para cuidar das abelhas."
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Um dos mais diferentes documentários que eu já vi. Sem narrações em off, depoimentos, coisas que tem em um filme do gênero com que o público está mais acostumado. Em alguns momentos pode até aparecer que é um ficção. É muito bom como a dupla de diretores mostram a relação do protagonista com a natureza. Mesmo não sendo muito longo, em alguns momentos achei um pouco arrastado. Honeyland é muito bem montado e fotografado. Ótimo filme.
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Oferece uma imersão profunda no cotidiano de gente simples, num exercício narrativo algo olmiano, em que ora nos aproximamos, ora nos afastamos daquela realidade. Aquela vida não é para qualquer um.
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Deslumbrante exemplo do poder da micro-história, um cinema verdade que mergulha fundo na essência da vida e da natureza. O ciclo das coisas, o poder de renovação e os impactos do ultrapassar limites naturais foi capturado de forma deslumbrante nesse precioso documentário macedônio. Tensiona questões semelhantes às do filme "As Quatro Voltas". Um cinema verdadeiro, profundo, humano, autêntico. Recomendadíssimo!
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Possui uma bela observação sobra a relação do homem com a natureza e seus limites tênues entre a ambição , o lucro e o proveito sustentável. Mas confesso que fui perdendo o interesse ao longo da projeção uma vez que não acrescenta muita coisa de novo neste quesito, talvez só o fato de sua procedência do menor país dos Balcãs.
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Trabalha bem o seu olhar naturalista, lembrando A Canção da Estrada. O espaço, o trabalho e a natureza fornecem um pequeno charme ao filme. Os personagens não são desenvolvidos, o que não é um problema, chegando a conseguir traçar uma discreta ligação de simpatia com espectador.
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"Pegar metade e deixar metade. É uma abordagem que não é só para as abelhas e para o mel, mas para todos os recursos naturais. E é uma filosofia que as pessoas esquecem e que lentamente se extingue no implacável capitalismo atual." A frase de Tamara Kotevska, codiretora do longa, já define muito da importância ambiental do documentário, que também se expande para um incrível estudo da protagonista, sua doçura implacável e sua transformação. Absurdamente delicado e importante.
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Durante a primeira metade do filme, a apresentação do espaço e dos personagens envolvidos estava cansativa e até desinteressante. Faltava uma história para envolver. E teve. Hatidze e Hussein têm suas motivações e os problemas íntimos apresentados de forma singela, sem exposição. As atitudes cometidas falam muito dos valores de ambos, sobre assuntos como família e natureza. Ao final você sai com um aprendizado do longa, e isso é um dos maiores presentes que o cinema pode dar.