À beira da verborragia por conta da narração em off, artifício que, no entanto, se justifica por conta da caracterização do personagem de Pitt (em grande momento, um de seus melhores), de modo que não chega às raias do didatismo. No mais, é a jornada espacial por excelência, em que o homem vai longe para encontrar a si próprio. As comparações com Interestelar e Gravidade são inevitáveis, mas Gray é um dramaturgo muito mais talentoso do que Cuarón e Nolan, obviamente.
Brad Pitt parece desconfortável em alguns momentos e não consegue transmitir o que é necessário. Lee Jones no pouco que aparece já rouba o filme para sí e da um sopro no longa. A trilha é forçada e didática demais... James Gray repete novamente o que fez de errado em Z. Começa muito bem, mas de novo qui temos uma junção de vários outros filmes para uma obra sem tanto peso. Meio formulaica e verborrágica demais. Tem uma obra fantástica no meio de tudo isso, mas ele se perde em como contar.