
- Direção
- Sebastián Lelio
- Roteiro:
- Sebastián Lelio, Rebecca Lenkiewicz, Naomi Alderman (romance original)
- Gênero:
- Drama, Romance
- Origem:
- Estados Unidos, Irlanda, Reino Unido
- Estreia:
- 21/06/2018
- Duração:
- 114 minutos
Lupas (9)
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O ritmo lento, atrapalha levemente, a fotografia de luto dá o tom sombrio aos amores desencontrados, e seus reencontros… Os olhares, ahhh, os olhares, dizem muito, adoro os atritos familiares, tradição versus liberdade...
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Ao longo do filme, Esti Kuperman ( Rachel McAdams ) é mostrada usando uma peruca. Esta peruca é chamada de sheitel e é usada por algumas mulheres judias ortodoxas casadas para se ajustar com a exigência da lei judaica de cobrir seus cabelos.
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O roteiro é frágil e contido na evocação do tema principal (a grande introdução se perde na abordagem dos poucos conflitos sugeridos, e a tensão latente, seja familiar ou religiosa, parece não refletir a realidade do contexto). Mas, graças à entrega de McAdams e Weisz às suas personagens (atuações dignas, e Nivola não deixa por menos) e à direção sensível de Lelio, o filme não cai no dramalhão PolCor, atual moda hollywoodiana, ainda que o "vai-não-vai" do desfecho insista em sabotar o projeto.
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Mesmo frio é interessante sim, há significado na depressão (injustificável) da rebelde. Podia mostrar mais o judaísmo, aproveitando as resvaladas no centro da fé. O sabor a mais é ver as Rachels se engraçando, o final é menos atraente - não vi razão lógica para o discurso do rabino - mesmo que o desabafo em si seja coerente, seria mais num ambiente íntimo.
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Sebastián Lelio não se contém ao encenar uma das cenas de maior delicadeza do filme: a ideia de retratação do amor através da carnalidade é muito boa, mas há um pequeno fetichismo que ultrapassa suas intenções nobres. Mas o filme tem as Rachels, que dão um show de interpretação, além da ótima fotografia e do design de figurinos que, se retendo a uma cor só na maior parte do tempo, consegue a proeza de apresentar/complementar suas personagens maravilhosamente bem.
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A premissa manjada, o roteiro gasto e a fotografia deprimente, tornam o filme nada menos q uma versão genérica de Manchester. Mas há também uma boa direção (closes, planos sequências e zoom in). Boas cenas e atuações; silêncio, The Cure e o arco do filme.
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As Rachels seguram o filme
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Belo, recatado e do lar.
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As resoluções rasteiras do roteiro quase sabotam o filme, mas prevalece o talento de Lelio, auxiliado por Weisz e McAdams em ótima forma, para ilustrar a profundidade dos conflitos por meio da mise en scene. Tipo de filme que diz mais quando silencia.