- Direção
- Jean-Luc Godard
- Roteiro:
- Jean-Luc Godard
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França
- Duração:
- 90 minutos
- Prêmios:
- 71° Festival de Cannes - 2018
Lupas (6)
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Complexo, muito complexo, diferente, muito diferente, muitas imagens, pouco sons, muito a dizer com poucas palavras, recorte de filmes, reportagens, animações, guerra, dor, sofrimento, às vezes desconexo, mas sempre muito intenso… Primeira obra de Jean-Luc Godard que assisto, e comecei logo pelo mais subjetivo, profundo e estranho… "O mundo não se interessa por árabes e muçulmanos, enquanto o Islã detém atenção política." É sobre. Isso, sobre a generalização, Islamofobia, árabes, mulçumanos…
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É mais uma conversa amistosa e excessivamente reflexiva sobre o poder das imagens e de como somos seres incansáveis em busca de narrativas. Godard é como Max Horkheimer em sua "Eclipse da razão", sendo que agora está mais cético quanto aos rumos que seu cinema pode tomar. Tanto que questiona até mesmo a "revolução". O bom é que esta perda de parâmetros é usada para se refletir. Ainda que eu ache tudo muito aleatório, quem se dispõe a refletir com ele, irá fazer uma boa viagem.
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Me incomoda imensamente quado Godard repete suas fórmulas furadas de filmes anti-cinema. Creio já ter visto alguns filmes dele que seguem esta linha de desconstrução da imagem , do texto e do som e para isto ainda comete a heresia de destruir a imagem de belíssimos filmes do passado. E como de praxe, Godard faz uma salada mista de temas que nem ele deve ter noção do que exatamente ele tem a dizer. Vale mesmo para rever algumas imagens de grandes filmes da história do cinema,bem diferente deste.
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Difícil analisar pq o Godard + recente q vi até agora foi A Gaia Ciência de 69. Um abismo de 50 anos. Fato q sua jovialidade intensa dos anos 60 faz falta, mas reconhece-se perfeitamente como um Godard legítimo. Um filme + pra sentir do q compreender, é ainda menos narrativo do q suas 1as produções mergulhando cada vez + fundo no estudo da linguagem. O mosaico conversa o cinema clássica c/o mundo e as imagens atuais, entre outras relfexões. Um prazer vê-lo ainda questionador e revolucionário.
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O fluxo de consciência de Jean-Luc Godard, onde ele sintetiza diversas expressões do audiovisual, criando um caos narrativo, estético e temático, onde essa anarquia descontrolada se torna uma janela para o tão desodernado mundo contemporâneo.
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Por mais caótica que a narrativa deste novo trabalho de Godard possa parecer, há um certo frescor e constância nas imagens que fazem do filme um verdadeiro experimento sobre os males do mundo moderno e do capitalismo predatório. Cinema político na veia!