- Direção
- Roteiro:
- Christian Petzold (adaptação), Anna Seghers (romance)
- Gênero:
- Origem:
- ,
- Duração:
- 101 minutos
Lupas (10)
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Ótima adaptação para o cinema, se torna previsível no final, mas com um excelente desfecho, adorável contraste do vermelho em Marie e o cinza/bege de Georg, sua solidão transparente, e sua chance de se redimir no final, bonito, sincero, afetuoso, belo…
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Casablanca por Kafka, Wenders com Dostoiévski, Camus, dá pra notar elementos de tudo isso aí mesmo. Ótimo filme de 2018. A narrativa, além da trama engenhosa, ganha tons dessa literatura "marginal" com o bem sacado uso do narrador. Joaquim Phoenix francês na moda do cinema político contra o fascismo, belíssima fotografia, mas o destaque mesmo é a narrativa. Aliás, incrível como é parecida a arquitetura do centro de SP com essa cidade francesa, como do RJ, etc, nossos "centros velhos" se inspirar
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Interessante olhar essa fuga da ocupação nazista sem ao menos citar a guerra durante o filme. Os problemas aqui são os relacionamentos construídos e abandonados durante o longa. Georg(Rogowski) no início controla ao máximo seus sentimentos, encontrando no menino sua primeira relação afetuosa em muito tempo. O fim dessa relação já esperada marca o início do conflito amoroso com a mulher que no papel é sua, na realidade não é, mas que o sentimento faz querer que seja. Bom filme, mas frio.
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Uma dança de olhares entre pessoas atracadas em uma cidade portuária no meio da guerra. Maravilhoso.
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Com a crítica cinematográfica (e até o gosto popular) cada vez mais influencio pelos conceitos de arte moderna, o "estilo Lynch" (insira vários elementos estranhos ininteligíveis num enredo simples que alguém vai encontrar um sentido metafórico qualquer) vem ganhando adeptos e já controla a narrativa do cinema atualmente (se a obra quer ser levada a sério, tem que conter algo "interpretativo"). É o que Petzold tem aqui: uma ou outra boa ideia perdida em meio à condenação ao governo dos EUA.
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Petzold volta a falar de troca e engano, assim como das consequências que ambos trazem, mas envolve seus personagens em uma atmosfera gelada, que dificulta a conexão do público.
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Boa história, feita com sensibilidade.
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O ambíguo título já abre um leque de visões, Transit é sobre pessoas ou sobre fatos aos quais a humanidade está fadada encarar de tempos em tempos? Ambos estão intrínsecos. Identidade é artigo de luxo, a inocência infantil devorada. É o inferno.
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A premissa é evidente: A Europa de hoje guarda muitos paralelos com a Europa da Segunda Guerra. Em especial a questão dos imigrantes, problema que vem servindo como base para a ascensão de modelos neo-fascistas pelo continente. E o filme é um belo achado.
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A narrativa é muito literária e verbaliza demais sentimentos e acontecimentos. Um recurso que supostamente facilitaria o entendimento do filme, mas que, ao contrário, dificulta ainda mais. Falta um tom mais cinematográfico e imagético.