Mais visual e reflexiva do que mera ação narrativa, a obra de Scott Cooper nos conduz a um mundo resumido da humanidade (qualquer período temporal), onde amor e ódio são antagônicos por causa da interpretação dos fatos, nas relações pessoais (p. exp., quem tem direito a terra?). Com uma montagem bem lenta, como se desse tempo para os personagens se conhecerem melhor (o elenco está bastante comprometido com as atuações, destaque para Bale), o roteiro não responde ou trás soluções, só indaga.
Uma jornada de ressignificação e humanidade, moldada através de gestos e poucas palavras. Clássica e lenta estrutura de road movie que diz muito com sugestão e densidade. Mesmo num mundo tão sujo, é possível extrair compaixão de quem menos se espera.
Cooper sabe envolver com sua escrita e composição cênica, além de ter nas mãos um elenco poderoso, devidamente mergulhado em seus personagens. Evoca o espírito dos exemplares antigos de um gênero atualmente restrito a respirações ocasionais.
Faroeste moderno, bruto e imponente.
Faz justiça aquilo que deveria ser marca: há impacto nas cenas - algumas são chocantes - e não atualiza a época. Vale demais nos vermos no século passado.
Não precisava de um final tão desgraçado. Podia amenizar ali
Cooper segue sem inspiração para criar bons fluxos de força das situações potenciais e do drama proposto, falando de discurso quanto de imagem. O elenco vai bem, mais uma grande atuação de Bale.