
- Direção
- Pedro Almodóvar
- Roteiro:
- Pedro Almodóvar
- Gênero:
- Biografia, Drama
- Origem:
- Espanha, França
- Estreia:
- 13/06/2019
- Duração:
- 113 minutos
- Prêmios:
- 72° Festival de Cannes - 2019, 77º Globo de Ouro - 2020, 92º Oscar - 2020
Lupas (23)
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Visualmente muito bonito, com o uso de cores quentes, uma bela fotografia, uma atuação gigante de Banderas, o roteiro desenvolve e fecha todas as micro histórias do passado de Salvador, e no fim toda a jornada de sofrimento e redescoberta da inspiração e vontade de viver, lindo filme.
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O filme todo é bem feito e envolvente, mas a história corre em pequenos contos que não são essenciais pois não há uma trama principal. Se significativo para Almodóvar (e fans), para o público geral falta um motivo para ver a história.
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É nas noites em que várias dores coincidem que eu acredito em Deus e rezo para ele. Nos outros dias em que sinto só um tipo de dor, eu sou ateu, e choro
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"Estréia no cinema da vencedora do Grammy Latino Rosalía. Ela interpreta uma das amigas de Penélope Cruz durante a cena do rio, onde também canta."
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Legalzinho. Banderas nao deveria estar na lista de atores e sim Adam Sandler
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Um dos filmes intimistas mais lindos que já vi. A dor pode ter sua origem física sim, tal qual o Filho que se faz carne. Mas é na alma que ela penetra. Entre encontros e desencontros, restam as lembranças, a solidão, até mesmo as drogas. Viver é estar sempre se encontrando consigo mesmo, e com os outros, que só fazem sentido em relação a nós mesmos. E tudo isso ainda pode ser revertido em arte, mais especificamente em cinema, para nosso deleite e agradecimento.
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Delicado e emocionante. Desempenho contido e convincente de Banderas.
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Mesmo contido na costumeira originalidade, Almodóvar consegue por na obra suas boas ideias, no entanto, o roteiro ficou enfadonho, talvez pelo excesso de subtramas, que acabam perdidas em meio à montagem entrecortada, com cenas longas e desnecessárias, alternando com cortes rápidos e inconclusivos. O que ameniza isso é sua direção sensível (como sempre), que extrai interpretações convincentes (embora bastante teatrais) de um bom elenco, com diálogos precisos; porém, sem emocionar.
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Almodóvar foca em um cinema de lembranças e meta-linguagem, umas espécie de testamento cinematográfico onde o diretor não tem o menor pudor em se colocar em cena através de seu alter-ego e demonstrar toda sua fragilidade como ser humano. Se falta um pouco de fluidez sobra em um texto delicioso e em sua estética requintada.
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Sesc, 28-01-2020
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Poético, singelo e emocionante.
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Sou um pouco suspeito para dizer algo sobre qualquer filme do Almodóvar porque em termos pessoais é o diretor que mais me encanta. Suas cores, seus ângulos e sobretudo seu roteiro é absurdamente íntimo em Dor e Glória talvez por isso seja seu trabalho com mais alma e sensibilidade apesar que meu predileto ainda ser Fale com Ela de 2002.
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É Almodóvar não só revisitando histórias marcantes na infância e a poderosa relação com a mãe, tão presente em suas obras. É Almodóvar revisitando si próprio, seja pelo lado profissional, artístico seja pelo lado pessoal, amoroso. Com ótima perfomance de Banderas, vemos suas memórias trazendo o melhor e o pior para a vida atual que Salvador leva. Uma crise com drogas, dores no corpo de um lado, e o reconhecimento de criar grandes obras do outro. Sensível.
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Almodóvar acerta na delicadeza que exprime a alma de seu personagem, com um forte teor autobiográfico ele atinge não só o cineasta e o personagem, mas faz cinema puro, onde um se mistura com o outro através do audiovisual e das memorias. Uma carta de amor tanto ao cinema (e seu próprio cinema), as pessoas que passaram em sua vida e a si mesmo.
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O artista do filme recria as suas particularidades em sua obra, assim como Almodóvar também projeta um retratato pessoal na construção desse artista, rendendo o seu filme mais íntimo. O passado no filme não apenas cria um diálogo com o presente, mas também se reencontra com o próprio agora, mostrando toda a sua força ao mover a vida a partir de reencontros que dão um novo brilho a este presente. É o passado sendo materializado, e a vida como um todo sendo exaltada.
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Em "Dor e Glória", Pedro Almodóvar realiza uma contemplação de suas memórias, das experiências que o moldaram, de sua vida enquanto artista, homem, filho, amante. A presença da arte é fundamental como expiação, significado e beleza. Pode-se dizer que ele representou seu "Oito e Meio". Antonio Banderas está fantástico!
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Esse Almodóvar não rolou comigo, e na verdade o último que eu gostei foi A Pele que Habito, que por sinal, é acima da média.
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Almodóvar bem mais intimista e singelo, usando memórias para tentar compreender os infortúnios do presente e seguir em frente.
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É uma delícia para o fã quando um dos grandes, nessa fase da vida, resolve caprichar num retrato autobiográfico e revisionista da sua carreira e estética, ainda mais com todas as dificuldades reais que Almodóvar passou. Antonio Bandeiras, parceiro de longa data, encarna seu alter-ego com charme e semelhança. Um belo roteiro que contrapõe a velhice e a infância, com muito melodrama (claro) e diálogos e personagens deliciosos. O twist do final foi a cereja do bolo!
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Incrível como uma jornada pessoal, tratada de maneira autoral, se revela tão identificável e sensível. Almodóvar exercita seu ego, mas também se expõe, trabalha suas fraquezas, demonstra evolução, trata com carinho imenso as figuras que o entornam e brinca com o melodrama, carregando uma surpresa a cada cena. É cinema, é vida.