Lupas (7)

O humor de Werneck, marcado pelo exagero, costuma funcionar com uma parcela do público, mas acaba sem graça em muitas passagens. A ideia de uma atriz sem rumo na vida e se questionando talvez desse mais certo com tintas allenianas.

A narrativa não tem um tom televisivo como boa parte das comédias BR e o roteiro é relativamente competente em estabelecer a situação de sua protagonista. Tatá Werneck, no entanto, é a alma do filme: talentosa, transitando bem entre drama e comédia.

Poderia ser um episódio de BoJack Horseman, se as críticas não fossem tão - acertadamente - direcionadas às celebridades brasileiras. A edição é criativa e o drama é bem dosado, mas os minutos finais declinam em comparação à progressão madura de antes.

Divertido até um certo momento, o início, o sonho, delícia... mas meio massante no decorrer, não curto comédia… (assistido em 2017) Reassistindo o início por engano, ele não parece tão ruins, umas poucas e boas tiradas, como o lance do macaco-prego, como não rir né 5.ª série…

Perde o tom constantemente, caindo no forçado. Mas tem ideias e momentos bacanas que até certo ponto soam originais, principalmente comparado com as comédias nacionais do estilo.

Pena não ter feito o devido sucesso nos cinemas. Subestimado, pois aponta boas saídas para a comédia brasileira, além da metalinguagem (deglutição) sobre a televisão brasileira, no confronto tão caro as duas mídias.

Tata tentou fugir do lugar comum. Esse é o merito. O resultado, no entanto, é inconsistente e pouco cômico.