Quando as gaivotas começam a sobrevoar de forma estranha a água, e a mocinha desconfia que pode estar indo ao encontro do invisível, dai em diante eu fiquei tenso até o fim - o que é raro de me acontecer. Exemplo humilde de pragmatismo bem talhado.
Esse veio pra reconquistar o respeito do subgênero, com Collet-Serra orquestrando o jogo pela sobrevivência enquanto perverte as imagens paradisíacas e brinca com as novas tecnologias, e Lively faz bem seu papel de Bear Grylls formado em medicina.
O filme se sustenta bem nos seus quase 90 minutos de duração, sem ter nenhuma outra pretensão além de entreter, e se saindo bem na missão. Particularmente, minha torcida o tempo todo foi pra que a gaivota não morresse!
Apesar de forçar a barra nos momentos finais, na maior parte do tempo Collet-Serra entrega um exercício de gênero extremamente competente que cumpre muito bem com o seu objetivo: causar tensão. A atuação de Lively também contribui para o bom saldo final.