- Direção
- Anne Fontaine
- Roteiro:
- Anne Fontaine (adaptação), Pascal Bonitzer (adaptação), Sabrina B. Karine (roteiro), Alice Vial (roteiro), Philippe Maynial (conceito original)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França, Polônia
- Estreia:
- 14/07/2016
- Duração:
- 115 minutos
Lupas (12)
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Lou de Laâge tem uma grande atuação, que representa com os olhos em lágrimas o conteúdo pesado que perpassa o filme. Ademais, ela é a representação de uma grande mulher, que enfrenta de modo singelo o dogmatismo religioso, estando em favor da medicina. É um filme pesado, mas com momentos lindos, como o final.
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Mais do que apresentar as barbáries cometidas pelos amáveis russos, ao subjugar os seus países satélites, na formação da União Soviética, o filme questiona os "desígnios de Deus", que se encontram na mente interpretativa de cada pessoa, e o roteiro não dá respostas fáceis, pelo contrário, deixa outras indagações. E nessa premissa, com uma direção dura e sensível ao mesmo tempo, e um elenco que vive toda a angústia de forma convincente (sem contar a boa parte técnica), a obra impacta e comove.
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Les innocentes (ou Agnus Dei) mostra que Rosa Luxemburgo estava errada: a revolução feminista não viria junto com a revolução russa. Soldados soviéticos estuprando freiras é o típico de coisa que nazistas fariam; mas em tempos de brutalidade..
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Excruciante, essa e a palavra, aflitivo; que é doloroso; que consome, atormenta e tortura, tudo isso, rodeada de cores sombrias embaladas pela fé, poderia ser ficção, infelizmente não é, dói... Belíssimo trabalho...
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História (real) de dor e sofrimento e beleza,e ainda por cima embalada pela 2ª guerra.Boa fotografia.
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Em meio a uma direção corretíssima, Agnus Dei passeia ao lado de uma fotografia estonteante até o imo de discussões importantíssimas como cultura do estupro, machismo, religião e moral, resgatando uma época negra que infelizmente reflete nossa atualidade
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Dilemas morais escancarados pela situação extrema dos períodos de guerra. Além do tema importantíssimo muito bem desenvolvido, Fontaine também cria uma obra visualmente belíssima e poderosa. Importantíssimo!
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Filme de índole feminista, sóbrio e tocante; contém um belo trabalho de construção da imagem e composição de personagens.
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O acerto de Fontaine, que opta pelo tom sóbrio, de raríssimas concessões aos sorrisos, apresentando um universo em desencanto. O tipo de filme que justifica prêmios de elenco.
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A clausura e a opressão no pós-guerra retratados na fotografia e enquadramentos, os questionamentos sobre a importância da fé ou a perda da mesma, assim como da honra e da vergonha daquelas freiras. Belo filme.
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28/07/16
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O ritmo da desconstrução para a aceitação da condição das irmãs se dá de forma gradual, muito morna. A ideia de pecado cede à humanização, e o clima tenso (que nunca convence) se naturaliza no inevitável.