- Direção
- Asghar Farhadi
- Roteiro:
- Asghar Farhadi
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França, Irã
- Estreia:
- 05/01/2017
- Duração:
- 118 minutos
- Prêmios:
- 74° Globo de Ouro - 2017, 69° Festival de Cannes - 2016, 89° Oscar - 2017
Lupas (30)
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Uma história densa, que nos leva pela realidade do Irã, seus costumes, suas crenças, e principalmente a repressão, seja política ou das suas próprias tradições, te faz o tempo todo pensar na escola só com homens, na vergonha da mulher que tem que encarar a sociedade e o medo do repúdio público por um erro que aqui no ocidente nem nos passa pela cabeça, um grande filme, pra assistir com calma, e entrar em "outro mundo".
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Pisa no mesmo terreno de sua filmografia e pisa no mesmo terreno também dentro do próprio filme, com a primeira metade morna, mas que serve como base para o restante, com o pêndulo indo e vindo sobre cada personagem, algo que Asghar Farhadi faz com uma facilidade absurda.
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Uma narrativa que, lentamente, se tece em volta de um ato de violência, mas nunca traz a violência em si para o primeiro plano. Embora um clima de mistério passe a orientar os atos dos protagonistas, o destaque não recai sobre grandes revelações ou vinganças concretizadas, mas sobre a busca em si, as histórias interditas que nunca chegam à superfície e os problemas sociais (a impossibilidade da mulher de se dirigir à polícia, os julgamentos que cruzam a figura ausente da antiga moradora etc.).
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Repetindo a temática de dramas anteriores (os valores e as tradições da cultura iraniana), mas sem focar tanto na hipocrisia individual (a ideia de pequenas mentiras e ações coincidentes advindas delas está presente, porém, com menos insistência), Farhadi constrói mais uma trama de "beco sem saída", a partir das relações pessoais de seus personagens. Novamente, as atuações são precisas e a direção é competente (talvez, com menos sensibilidade), no entanto, a edição alongou demais o filme.
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Eu me apaixonando pelo cinema iraniano, se unindo ao já amado francês, linda e sombria produção, um drama velado, rodeado do preconceito e tradicionalismo macabro, excelente produção...
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Arrastado,mas é bom e tenso.
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Trama tensa, envolvente, mas arrastada demais, diferente de A Separacao. Uma pena.
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Farhadi com habilidade excessiva, seus filmes são marcados pela mão pesada de seu criador. É como se pudéssemos sentir um autor que gosta de jogar, às vezes sadicamente, com suas criaturas. Como ele gosta de vê-las sofrer, sempre em seu próprio benefício.
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Dramaticidade fortíssima em um narrativa sufocante entre dilemas morais e sociais. Farhadi com seu cinema universal continua no topo.
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Talvez seja o filme de Farhadi mais polêmico e controverso pela solução final que deixa a cargo do espectador qual seria o destino justo para o agressor. Farhadi controla toda a ação e tensão de seu filme com maestria, novamente, diga-se de passagem.
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Drama minimalista, intenso, na medida certa, aborda a questão da vingança cotidiana, que pode nos atingir a qualquer momento, fazendo da linguagem universal seu ponto mais positivo.
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Ainda que não seja o melhor filme do diretor, O Apartamento com uma ótima direção, grandes atuações e um roteiro mesmo que não seja perfeito é muito bom. Mais um filmaço de Asghar Farhadi.
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Asghar Farhadi conserva a sensibilidade e o humanismo tão particulares de seus filmes anteriores. São personagens vivendo o acaso, os detalhes e as armadilhas da vida, e também como isso se encaixa na sociedade iraniana. Dos melhores do último ano.
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Fugindo dos padrões de Hollywood, uma nova cultura é apresentada ao público que toca em assuntos relevantes como: machismo, moral e orgulho. O último ato fica tenso e prende a atenção como poucos filmes.
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Bom
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Farhadi sempre trás discussões interessantíssimas que, repletas de reflexões sobre cultura acabam por nos revelar um pouco sobre sua moral e costumes.
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Bastante plausivel, o filme empolga, prende e é enfim um produto muito bom, para quem gosta de cinema verdade.
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Peça-chave pra notar a maturidade de Farhadi, cineasta livre o suficiente para estar imerso na realidade de seu cosmos iraniano e globalizado. Um tempo e espaço enfim presentes num opulento quadro cultural limítrofe entre as impressões da arte e do real.
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Mais uma vez partindo de uma premissa absolutamente simples, Farhadi consegue tornar um fato terrível do cotidiano em um estudo sobre a vingança e suas consequências e da relação do machismo e a posição das mulheres no Irã.
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Na qualidade criativa típica de Farhadi, trabalha demais na história a partir de um ponto simples, cotidiano. Traz muita humanidade e realismo à seus casos. Poderia ter acontecido algo de fato, dava mais peso à história. E sem a cena besta do macarrão.