- Direção
- Xavier Dolan
- Roteiro:
- Xavier Dolan (roteiro), Jean-Luc Lagarce (peça)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França, Canadá
- Estreia:
- 24/11/2016
- Duração:
- 97 minutos
- Prêmios:
- 69° Festival de Cannes - 2016
Lupas (13)
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Entre a gritaria e a sonolência, Dolan mostra que a pretensão excessiva e os maneirismos foram capazes de seduzir um júri altamente duvidoso em Cannes.
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É um filme que parece querer falar sobre pessoas, seus pesares e expectativas, mas que termina sendo insuportavelmente autoimportante: uma ode a presunções narrativas, à verborragia e à necessidade inexplicável de se novelizar tudo sem qualquer profundidade. Para piorar tudo, que se somem a isso as afetações estéticas de Dolan, quase sempre inexplicáveis. O elenco, em meio a caras e bocas, salva. O texto ser teatral não justifica uma abordagem tão falha e maçante. (IG: @filmaccro)
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Estamos diante de um LIXO PURO! E que o Júri Ecumênico de Cannes teve a coragem de premiar! E não se trata de algum filme obscuro independente não. Tecnicamente é um filme padrão A, mas a direção e o roteiro (do mesmo autor, claro) são TERRÍVEIS! É estranho de cabo a rabo, não tem uma só cena normal ou bonita. Os diálogos parecem escritos por algum moleque abobado querendo fazer algo cult. Aliás, é tão ruim que fica a dúvida se não fizeram de propósito, uma pegadinha! Now, 18-02-2021.
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Um filme pessoal sobre família e nossas relações com ela. Dolan consegue vários momentos poderosos e ideias interessantes, mas, como em Mommy, ele se perde constantemente em como contar. A uma auto-importância exagerada demais, que tenta fazer com que cada cena seja perfeita e cheia de significados e nuances, tão mais tão lotadas que muitas vezes se sabotam e perdem sentido. Talvez algum dia venha a obra prima de Dolan, mas ele ainda precisa se amadurecer e se estruturar melhor como cineasta.
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Novamente os sentimentos estão à frente, embora agora sejam outros ou, em todo caso, tratados de outra forma. Não é mais a oposição entre os familiares o aspecto mais saliente, mas a busca de entendimento entre eles
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Dolan finalmente (e infelizmente) encontra a letargia depois de vários longas espalhafatosos, com uma chuva de diálogos e berros que passam emoção nenhuma, em momentos de pontuais belezas (cena final) e reflexões limitadas. Belamente fotografado, por fim.
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O pior não é nem o histrionismo, mas a forçação em todas as cenas, a ponto de criar personagens desumanas. E o protagonista só observa. É uma bagunça mesmo, e com uma estética totalmente confusa. Nem o apelo à música como catarse funciona. Horrível.
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03/02/17
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Se o mundo vivesse das intenções, o novo filme de Xavier Dolan seria bom. Como não é assim que funciona, ganhamos um mecanismo de tortura extremamente eficaz, com um dos piores usos de câmera dos últimos tempos e enredo fraco.
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NAO ENTENDI NADA DESSA VEZ, DOLAN
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Quando se vê com baixa expectativa e com boa vontade, é possível detectar bons personagens e um bom filme sobre amor familiar e incomunicabilidade por trás de toda gritaria e de todos os tiques de direção. Potencial desperdiçado, mas ainda bonzinho.
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Sobre incomunicabilidade e solidão no seio da família, que briga e berra por qualquer coisa. Até entendo as intenções de Dolan, mas fica difícil aguentar tanta imbecilidade em cada diálogo e situação arquitetada. Foraçação de barra das grandes e em close.
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Tem uma cadência bastante repetitiva em berros e discussões descerebradas. O incômodo é refletir aquilo na realidade dos relacionamentos familiares, tão desprovidos de comunicação e atolados de escolhas não compartilhadas. Simples, belo e irritante.