- Direção
- Ciro Guerra
- Roteiro:
- Ciro Guerra (roteiro), Jacques Toulemonde Vidal (roteiro), Theodor Koch-Grunberg (diários), Richard Evans Schultes (diários)
- Gênero:
- Drama, Aventura
- Origem:
- Argentina, Colômbia, Venezuela
- Duração:
- 125 minutos
- Prêmios:
- 88° Oscar - 2016
Lupas (15)
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É um registro muito interessante. Nunca vi uma obra com esses detalhes do lugar mais fantástico talvez que temos tão pouco conhecimento. Guerra conduz belíssimos planos e como acerta na condução dos atores que protagonizaram o personagem Karamakate(Torres e Bolivar). A raiva e o ímpeto da juventude com a transição para um senhor decepcionado com o esquecimento de suas tradições mas sábio ao refletir sobre sua vida. A 'febre' pela planta podia ter sido melhor explorada, e trabalhada no final.
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Com muita filosofia, por vezes ininteligível, ora poético (gramofone, borboletas), ora alegórico (seita macabra), ora apocalíptico ("árvore da vida" em chamas), o filme não só explora o dilema homem branco levando civilização, mas destruindo a cultura local, como mostra a grande dificuldade dos cientistas em permear as 2 premissas com isenção. Não tem emoção, somente a fotografia de um mundo distante aos olhos do "explorador", ainda que ele ao final se renda a esse "elo perdido". Boas atuações.
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Um filme imersivo que oferece uma visão quase que hipnótica dos efeitos do colonialismo na região amazônica. Mesmo que toda a excursão seja cheia de belezas e maravilhas, você sai do filme mais perturbado do que quando entrou.
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Um relato antropológico das culturas indígenas da Amazônia, da devastação provocada pelo contato com o colonizador europeu e seu desprezo por aquilo que julga inferior. Também pode ser visto como uma jornada espiritual em busca de si mesmo, da contemplação da natureza no tempo e espaço. A fotografia em preto e branco me pareceu desnecessária.
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Início e desenvolvimento naturalistas, final metafísico.
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Uma fábula sobre o conhecimento indígena perdido com o massacre da colonização representado pela fictícia yakruna, da significação dos alucinógenos e da valorização dos sonhos e sua estética de conexão com a natureza. Bonito, vale muito a reflexão.
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Há sérios problemas narrativos, provavelmente fruto da fidelidade ao material fonte. Apesar disso, é um filme rico em temas ligados à identidade cultural, abordando a questão indígena com riqueza e precisão.
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Um belíssimo filme de índio pra branco ver.
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Bonito e ainda foge do maniqueísmo- tanto a motivação dos pesquisadores, quanto a dos nativos, são pertinentes.
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Embebido de influência do clássico Tabu de Murnau, o Abraço da Serpente é assistido com uma dor no coração imensa pela perda daquela identidade cultural que foi destroçada. Que fotografia hipnotizante. Ainda sim o resultado é um tanto previsível.
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Sebastião Salgado em movimento.
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Ao fluir na imagem os recantos mais íntimos e sobrenaturais de um cosmo naturalista, ainda semi explorado pelo cinema, celebra o vácuo que existe entre poder e o querer narrativos - filme inapto a tal equilíbrio. Vida longa a Murnau e seu Tabu, de 31.
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26/04/16
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Menos palavras e mais sensações: o convite instigante da narrativa que serpenteia pelos caminhos de homens que enxergam o quanto o mundo é maior que eles.
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O filme é construído sofisticadamente Guerra, que abraça o instigante e importantíssimo tema sem deixar de lado a experiência imagética, a qual também é primorosa. O final poético é a cereja de um bolo visceral sobre a colonização da América Latina.