
- Direção
- Apichatpong Weerasethakul
- Roteiro:
- Apichatpong Weerasethakul
- Gênero:
- Comédia, Drama
- Origem:
- Alemanha, França, Reino Unido, Tailândia, Malásia
- Duração:
- 122 minutos
Lupas (9)
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O estranho de uma beleza poética. A serenidade da câmera ao contemplar os personagens em sua existência prosaica. O presente que é eco e continuação dos acontecimentos do passado. O tempo é proeza singular. A energia da vida é eterna. Basta abrir os olhos. Um experimento consciente de Cinema.
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Sobre aquilo que está mas não se vê, apichat nos brinda com o impalpável e sobre toda a energia (ou a falta dela) que move a humanidade seja ela no estado físico ou no onírico, no espiritual e também no carnal, no presente e no passado. É a humanidade cavando sua própria cova. Seu cinema vai se tecendo gradualmente, formando uma teia intrincada e altamente desafiadora em cada nova película.
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Eu entendo onde o diretor quer chegar mas não consegui entrar no clima, simplesmente "vi" o filme.
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Talvez ele faça algum sentido na Tailândia e não deixa de ser um retrato da cultura oriental, mas como obra de arte não passa de uma tentativa chata, mal sucedida e até bizarra de fazer diferente, como bem atesta a cena do cidadão defecando. Minaz, 26-4-1
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Se em trabalhos anteriores vemos o fantástico, aqui há a façanha de enxergamos o mundo onírico mesmo sendo invisível. Essa mistura de real e imaginário está cada vez mais interessante no cinema de Weerasethakul, acho que agora já posso chamá-lo de Joe.
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Discussão sobre espaço para além do tempo, religiosidade e política para além do cotidiano. Da leveza das belas imagens e dos longos planos ao peso da profundidade daquilo que não se vê, mas está.
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O cinema lidando com o imagético e o indizível, entrelaçando onirismo e realidade com todo o desembaraço de Weerasethakul. A câmera distante dos rostos acentua a aura de mistério, que também ronda os ambientes.
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Cinema de alívio incorporado em nacionalidade e identidades artísticas, sentidas em cada plano, emponderadas na discrição de um cosmos atemporal quase paralelo ao real, um plano realisticamente mitológico. Um cinema de respiro, brisa e frescor letárgicos.
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A mata, como sempre, é filmada de maneira mística e densa por Apichatpong, mas o filme é tão retraído, tão intrínseco, que a dificuldade de adentrar em seus significados é quase impossível - ainda que isso nunca tire a boa fluidez da narrativa.