- Direção
- Roteiro:
- Jafar Panahi
- Gênero:
- , ,
- Origem:
- Duração:
- 82 minutos
Lupas (14)
-
Diante da impossibilidade de filmar em condições normais nos últimos anos, Panahi vem encontrando meios alternativos para seguir com seu cinema de provocação e reflexão. Os passageiros de seu táxi resumem um pouco da sociedade iraniana, mas não é um produção intrinsecamente local, na medida em que espraia suas discussões para além de leis e tradições daquele país. A porção metalinguística, por sua vez, é entremeada por ironias sapecas.
-
Um realismo social completamente frívolo e artificial. Panahi faz da conjuntura do Irã uma cosmética. Entrega um filme que se vende como relevante, mas que é pasteurizado por sua vulgaridade que, no final das contas, rende apenas um trabalho inócuo. Sem a menor sutileza pra tratar de certas temáticas sociais, exaltado em alguns momentos, aleatório em outros e com péssimas e inverossímeis interpretações na maioria dos casos, o longa nada mais é do que uma divagação constrangedora e fútil.
-
A estrutura de pseudo-documentário não é boa, cenas triviais que deveriam servir ao realismo parecem estranhamente encenadas. Nos momentos que denuncia a falta de liberdade no país, Panahi, talvez o mais politico dos iranianos, aí sim vai muito bem.
-
Um belo ato de liberdade no cinema, onde você pode tudo, e falar o que quer. E as corridas no táxi são até interessantes, com passageiros amistosos, e uns diálogos curiosos sobre o que pode e não pode no Irã
-
Mais do que um retrato bem humorado da triste realidade iraniana, a obra ganha mesmo pontos incontestáveis pela sua coragem, demonstrando que, por mais que tiranos tentem calar a voz de um povo, a arte pode (e deve) ser sempre um instrumento democrático.
-
Com uma ideia original e uma câmera num táxi, Jafar Panahi brinca entre a ficção e a realidade e nos entrega um tocante filme-denúncia sobre a restrição aos direitos civis, autoritarismo e a censura à liberdade de expressão no Irã.
-
As citações a O Balão Branco e O Espelho têm o efeito de nos fazerem recordar que a melhor parte da obra de Panahi foi feita sob liberdade. Por esse e por todos os outros motivos, esperamos que ela retorne logo.
-
A serenidade de Panahi, combinada com sua urgência social é uma eterna maravilha de acompanhar. Tem tanto conteúdo,traz tanta vida. É vivo. Dá pra assistir esses momentos por séculos. Obrigado Moça das Rosas por seu lindo presente.
-
O olhar sereno e levemente nervoso de quem confronta um Estado inteiro através das nocivas lentes de suas próprias câmeras.
-
Do Cinema (social) para o Cinema (arte), sem fronteiras pelo caminho estilo sopa de letrinhas.
-
O homem, a câmera e a vida.
-
Taxi Teerã é um fascinante grito de liberdade. Panahi deixa claro, que a vida e a realidade não podem ser manipuladas, controladas ou alteradas e nem seu cinema. A cena final é uma simbologia dura, amarga mas que também representa uma esperança singela.
-
Sobre o amor pelo ato de fazer cinema enquanto o mesmo é oprimido como um amor proibido.
-
03/12/15