Filme que mais me deu sono no ano. Boiei tanto quanto a atriz principal no filme. Só depois fui entender o que estava acontecendo. Isso não foi um ponto negativo, o ponto negativo foi a lentidão do filme, que ao meu ver, não tem nada de entretenimento.
Um quase filme de horror com ecos de Cormac McCarthy cuja tensão Villeneuve conduz com habilidade. Falta maior densidade nos personagens, o que em certa medida é compensado pelo desempenho de três grandes atores.
Assim como em "Os Suspeitos", fiquei com a impressão que o diretor conduz tudo com tanta lentidão (aqui também a metragem ultrapassa 2 horas, embora mais curto) que não consegui me envolver plenamente. O destaque óbvio é Del Toro, especialmente no fim.
Fotografia formidável, banda sonora impactante e um elenco afinado. Tudo isto ajuda a criar uma atmosfera sufocante para nos mostrar a realidade para lá da fronteira. A quebra de ritmo a meio e o destino dado a Alejandro impede-o de ser uma obra-prima!
Villeneuve utiliza três personagens situados em polos distintos (Blunt, Del Toro e o policial mexicano) para construir um panorama amplo e nada otimista da guerra às drogas. Se investisse mais tempo nisso e menos em sequências de ação, seria ainda melhor.