Drama musical sobre ambição e perfeccionismo redondinho para o Oscar. Tem uma ou outra cena inspirada, nada que faça jus ao grande frisson que teve por parte de muitos.
A montagem te suga para dentro desse vício, em uma batalha de proporções épicas quando embarcamos no subconsciente de seus personagens. Grandes falas, atuações, enquadramentos e sons em um grande filme pequeno.
A maior lição é que sem sacrifício, não existe perfeição, e tamanha é esta verdade, que logo quando o filme desvia deste foco (como na subtrama da namorada e da família), perde um pouco de sua força, mas Simmons e Teller impossibilitam que se agrave.
O começo no conservatório de Shaffer é como a versão musical do treinamento militar de Full Metal Jacket (é normal morrer de rir da rigidez suprema de Fletcher?), mas assim como o filme de Kubrick, vai se diminuindo ao longo da projeção. Mas ótimo filme.
Poucas vezes, no cinema atual, vi tantos elementos funcionarem de forma tão perfeita. O espetáculo (essa palavra é importante aqui) final é de uma perfeição sem igual.
Muito bem dirigido, conduz o clima de tensão e angústia enquanto o roteiro muito bem estruturado vai se adentrando nos conflitos do protagonista. Teller e Simons respondem a altura do desafia!