Fascinante de acompanhar, criativo para as cenas rotineiras e seco como um bom britânico. Discute a arte diretamente - cheio de observações diretas sobe uma pincelada.
Só de não cansar, como é tão comum em biografias modernas, já fica bom demais.
O filme de 2014, muitas vezes, não resiste e entrega quadros em movimentos, tamanho o espetáculo dos planos guiando-nos por uma visita ao museu das vaidades de Leigh. Van Gogh e outros ganharam biografias melhores.
Se tinham que eleger uma cinebio britânica para encher de indicações nesses prêmios de fim de ano, não podia ter sidoessa? Belo filme de Mike Leigh que esmaga sem dó aquela porcaria do Tyldum.
Uma biografia que não dramatiza tanto quanto as demais, é praticamente uma comédia, só que inglesa. Spall mostra o pintor como uma figura bastante excêntrica, porém genioso. Peca pela longa duração e se torna cansativo, boa parte por conta do roteiro.
Uma grande aula de arte conduzida por gente grande, tanto na direção áspera de Leigh quanto na composição quase suína e gigante de Spall, cheio de nuances condensadas pelas escolhas cênicas do diretor. Além disso é visualmente impecável e soberbo.
Fascinante recriação de época, num dos melhores trabalhos de direção de arte do ano. Pena que a poesia que é para os olhos não ser também para os ouvidos... foi difícil suportar alguns sotaques gritados e diálogos verborrágicos. Num saldo final, mediano.