- Direção
- Andrzej Zulawski
- Roteiro:
- Andrzej Zulawski (roteiro), Jerzy Zulawski (livros)
- Gênero:
- Aventura, Fantasia, Ficção Científica
- Origem:
- Polônia
- Duração:
- 166 minutos
Lupas (7)
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Dos trabalhos de condução de câmera e composição de cenas dos mais incríveis da história do cinema e mesmo quando o texto ou mesmo a lógica não funcionem o deleite visual compensa qualquer defeito. Zulawaski entrega um filme caótico, confuso, que talvez faça sentido ou não, que talvez levante questões ou seja um grande pastel de vento. Iinfluências nítidas em Jodorowski ou em Tarkovski ou até mesmo em Vá e Veja ( ao menos visualmente), um filme árduo, pesado e também gratificante.
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Em seu filme maldito, Andrzej Zulawski explora o círculo das calamidades humanas. Nossa capacidade de cortejar o abismo, a crença no poder, a ausência de verdade, a guerra impregnada no sangue. Nossa condição frágil e destrutiva, o vazio que nos persegue, o infinito sem sentido. O medo da liberdade. A criação frívola de deuses. O desespero como única certeza absoluta. Mesmo com todos os problemas de produção, é o filme mais impressionante do realizador polonês.
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Um esforço físico (quiçá patológico) para a execução de da liberdade de um discurso poético formando uma nova Gênese para a humanidade. O cinema frenético de Zulawski no seu ápice.
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Um dos membros principais da lista das grandes experiências sensoriais esquecidas de sempre, pois se Kubrick e Tarkovski buscavam o acessível no inacessível, Zulawski torna ainda mais inextricável e insuportável o que, essencialmente, já o é. Árduo.
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Visualmente e tecnicamente fascinante, é uma pena que Globo de Prata tenha sido um filme tão problemático, sendo praticamente impossível adentrar em todo o seu conteúdo; não fosse tão confuso, seria uma das obras mais potentes do cinema mundial.
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Uma adaptação alegórica em relação ao contexto de sua época, retalhada pelo totalitarismo, mas surpreendentemente coesa em seu conceito - ainda que a direção histriônica e as emendas narradas por Zulawski tornem tudo por vezes hermético demais.
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Riquíssimo em conceito e conteúdo, lindamente filmado (o plano no pôr-do-sol é um espetáculo) e extremamente pessimista. O futuro onde não o mundo se acaba, mas sim as pessoas que nele viviam. A obra-prima de Zulawski.