o final dos episódios regulares, num tom introspectivo demais até para a proposta de Anno, é revisitado em uma experiência epifânica que abraça visceralmente a própria história e entrega filosofia e porradaria da melhor qualidade. é bom o bastante para alguém que só assistir a ele ter curiosidade de conhecer a série
A filosofia e a animação nunca estiveram tão próximas. De Kierkegaard a Camus, embalado por símbolos religiosos, Anno cria, a meu ver, a obra suprema do gênero, fazendo frente aos melhores cineastas da história. E o final é catártico...
Uma porra-louquice de primeira ordem que condensa todos os principais temas da série de forma arrebatadora, não só complementando-a, mas elevando-a. Algo como faz Fire Walk With Me com Twin Peaks.
Hideaki Anno encerrou a série de forma emblemática. Muitos fãs, insatisfeitos, exigiram um novo final: o resultado é esse longa complementar, que oferece uma perspectiva "externa" aos acontecimentos retratados no anime. E o resultado é igualmente sublime.
Seguindo à risca a doutrina de ficção científica atual na indústria cinematográfica: "quanto mais confusa a miscelânea, mais difícil de entender, o que dá ideia de algo muito inteligente", a animação fica muito restrita a admiradores do gênero.